Polícia

Presos na ‘Operação Marajó’ são recambiados para o Pará

Seis pessoas foram presas em Macapá suspeitas de envolvimento no furto de gado na Ilha do Marajó. Animais eram negociados no Amapá onde ocorria o abate clandestino


 

Os seis homens presos em Macapá na última sexta-feira (18) durante a ‘Operação Marajó’, foram recambiados na manhã deste domingo (20) para o município de Soure (PA), onde o juiz paraense José Goudinho Soares decretou a prisão temporária dos suspeitos de integrar uma quadrilha interestadual especializada no furto de cabeças de gado na Ilha do Marajó.

policia014Cinco dos presos estavam recolhidos no Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval. O sexto suspeito, um cabo da Polícia Militar do Amapá, estava recluso em uma cela no comando da Polícia Militar, no bairro Beirol. Policiais civis do estado vizinho acompanharam os presos. A escolta foi feita por agentes da Capturas, divisão da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP) sob comando do delegado Celso Pacheco.

O avião Caravan, pertencente ao governo do Pará, decolou do Aeroporto Internacional de Macapá por volta de 10h45 com destino ao Aeroporto Internacional de Belém, Val de Cans. De lá os presos seguiriam escoltados até o município de Soure onde o inquérito que apura o crime é oriundo.

Após a prisão dos suspeitos, o juiz José Goudinho, da Comarca de Soure, expediu Carta Precatória ao Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap) requerendo autorização para recambiamento dos presos. O documento foi recebido no Fórum de Macapá pela juíza Gelcinete da Rocha Lopes, que assinou a ordem de recambiamento no sábado (19).

policia012Na operação foram presos o comerciante Ademar Rodrigues da Silva, 55 anos; o serviços gerais Diogo Sarmento Pinto Júnior, 28 anos; o pescador Rogério Souza Silva, de 26 anos, o também comerciante Luiz Figueiredo dos Santos, 40 anos; o prático em navegação Orlando Freitas, 69 anos, e o policial militar Alex Dias de Souza, lotado atualmente no 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) do Amapá.

O caso

Segundo as investigações, a quadrilha usava balsas para furtar o gado em fazendas e propriedades rurais localizadas às margens de rios na Ilha do Marajó (PA). As ações ocorriam sempre durante as madrugadas. Em cada ação era possível carregar essas balsas com até 100 cabeças de gado.

policia015As regiões principais de atuação eram os municípios de Soure, onde o caso é investigado, e Salvaterra. Ainda de acordo com a polícia cada animal era negociado ao preço de R$ 1,5 mil. O gado roubado na Ilha do Marajó tinha como destino o Amapá. Aqui os animais eram abatidos de forma clandestina e vendidos para açougues em Macapá, Santana e Fazendinha.
Pelo menos mais quatro pessoas envolvidas no esquema foram presas no interior do Pará. A polícia ainda vai apurar a quanto tempo a quadrilha vinha agindo e quanto os envolvidos podem ter lucrado com o negócio criminoso. A conexão interestadual deverá ter desdobramento a partir dessas prisões.

A partir dos depoimentos dos presos, e do processo de acareação, a polícia espera descobrir a função de cada um dos presos no ‘negócio’. A operação ocorreu de forma integrada entre a Polícia Civil do Pará e a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP) do Amapá.

Elden Carlos  – Editor de Polícia


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