“Santana foi onde mais houve redução dos crimes violentos no primeiro semestre de 2024”, diz José neto
Secretário de justiça e segurança pública rebateu manchete de revista nacional e garantiu que por ser o segundo estado com menor número de habitantes, o Amapá acaba sendo prejudicado devido à proporcionalidade dos casos violentos
Elen Costa
Da Redação
No Programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9) desta segunda-feira, 19, o secretário José Neto, de Justiça e Segurança Pública do Amapá, rebateu as afirmações publicadas recentemente e que ganhou capa em uma revista nacional, colocando novamente a cidade de Santana no ranking como a mais violenta do país.
O gestor da Sejusp garantiu que os dados divulgados naquela entrevista são referentes ao ano passado, quando o segundo maior município amapaense alternou entre o primeiro e o terceiro lugares em violência.
“Eu estive no Fórum Nacional de Segurança Pública, que aconteceu há poucos dias em Recife, e mostramos que hoje a realidade da cidade de Santana é totalmente diferente da de 2023, quando fechou, sim, como a mais violenta. Mas este ano não estamos nem entre as 30 cidades. Foi o município onde mais houve redução dos crimes violento intencionais no primeiro semestre de 2024, conforme o Ministério da Justiça”, assegurou José Neto, destacando que até agora o estado não tem nenhum município figurando entre os mais violentos do Brasil.
O Amapá é o segundo estado com o menor número de população do país. O que, de acordo com o secretário, acaba prejudicando em termos proporcionais e o elevando para o alto índice de violência. “Essas métricas são medidas a cada cem mil habitantes. Então, proporcionalmente, acabamos sendo muito prejudicados, porque em números absolutos isso não chama a atenção. Vamos supor, ano passado, que foi um dos piores nos últimos dez anos, tivemos 336 registros. Isso é menor que em 15 dias em grandes estados, onde alguns tiveram até três mil homicídios em um ano”, explicou José Neto.
O secretário enfatizou que as medidas de segurança pública, implementadas ao longo de 2023, seguem sendo adotadas, porém foram reforçadas com operações como ‘Hórus’, que atualmente foi denominada de ‘Protetor’.
“É algo nunca visto antes. A integração entre as forças, que é muito significativa, a atuação mais constante das equipes do serviço de inteligência, o acionamento do policiamento preventivo e ostensivo, o aumento no número de efetivo das polícias, tudo isso fez com que o Amapá fosse o segundo estado que mais reduziram os índices de crimes violentos, especialmente os crimes de homicídio. Em Santana, esses números foram ainda melhores. Repassamos todas essas informações para a equipe de jornalistas que nos procurou, mas infelizmente isso não foi publicado”, lamentou.
Neto concluiu registrando que seu principal foco para o combate ao crime organizado continua sendo o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), de onde, segundo ele, é ordenada a maioria dos casos, principalmente os assassinatos.
“É onde eu gasto a maior parte da minha energia. Estamos trabalhando de maneira muito intensa e forte para melhorar a cada dia o sistema penitenciário e conter o avanço da criminalidade organizada. Uma das principais medidas tomadas, assim que detectamos que a grande maioria das ordens para o cometimento de crimes partia lá de dentro, foi adotar protocolos mais eficientes dentro do presídio”, finalizou.
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