Polícia apura assassinato de servidor da Justiça
Sargento da Polícia Militar (PM) se apresentou no Ciosp afirmando ser o autor do disparo que matou o servidor do judiciário. A motivação para o crime ainda não está clara para a polícia
O servidor público Gerson Rodrigues Martins, de 46 anos, foi morto com um tiro na região do tórax na noite de domingo (27) em frente a uma casa localizada na Avenida José Augusto Façanha, bairro Novo Buritizal, zona sul de Macapá.
Gerson – que era servidor da Justiça do Amapá – e que trabalhava no Fórum de Santana, foi alvejado dentro do próprio carro. O principal suspeito do crime foi identificado como Abraão Jardim Machado, que é sargento da Polícia Militar (PM) lotado no Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran).
A real motivação para o crime ainda não esclarecida pela polícia, mas existem duas versões que estão sendo apuradas. Abraão era ex marido de uma mulher a quem Gerson teria dado carona após a saída de um culto. O suspeito estava separado a quase cinco anos da ex companheira. O sargento estava na mesma igreja e teria saído antes do fim da celebração.
Gerson e a mulher foram até a casa do irmão dela, no bairro Santa Inês. Por volta de 23h40 ele a deixou em casa, no bairro Novo Buritizal, onde Abraão chegou em seguida em outro carro. Testemunhas relataram que houve uma discussão seguida de um disparo. O tiro estilhaçou o vidro do motorista que foi atingido no tórax.
O homem ainda foi socorrido e levado no próprio automóvel para o Hospital de Emergências de Macapá (HEM), mas não resistiu ao ferimento e acabou morrendo.
À polícia, Abraão declarou ter recebido uma ligação dos filhos que moram com a mãe, de que existia um carro suspeito estacionado em frente ao imóvel. De folga, ele seguiu para o local onde abordou o veículo e teria ocorrido – na versão dele – uma espécie de resistência, momento em que houve o disparo.
Ainda não se sabe se a arma usada no crime era da instituição militar ou de uso particular do suspeito. Ele se apresentou no Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval, acompanhado por um advogado, prestou depoimento e foi liberado.
A Diretoria de Comunicação da Polícia Militar declarou que o comando vai aguardar o relatório final do delegado que presidirá o inquérito para saber se o policial – que cometeu um crime na esfera Civil – será submetido ao Conselho de Disciplina.
O corpo do servidor foi removido para o Departamento de Medicina Legal da Polícia Técnico Científica (Politec) para ser necropsiado.
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