“Sargento será investigado com rigidez”, assegura comandante do Exército
Sargento do Exército é suspeito de envolvimento no estupro de uma mulher de 31 anos de idade em Clevelândia do Norte, em Oiapoque.
O comandante do 34º Batalhão de Infantaria de Selva (34º BIS), tenente coronel Robson Mattos, disse em entrevista ao Diário, na manhã deste sábado, 12, que a instituição está colaborando com as investigações da Polícia Civil (PC), que apuram o suposto envolvimento de um sargento do Exército Brasileiro em um caso de estupro ocorrido no município de Oiapoque, distante 590 quilômetros da capital, Macapá, nessa semana.
“O caso teria ocorrido de terça, 8, para quarta-feira, 9. Eu estava em viagem quando recebi a informação. Ao mesmo tempo a Polícia Civil havia requerido a relação de entradas e saídas no portão de acesso ao distrito de Clevelândia do Norte. Por ser uma área militar, mas onde moram civis, existe esse controle de identificação na cancela. Verificou-se então que o sargento foi o único militar a passar pelo portão no horário descrito. De imediato determinei que um oficial, tenente, fizesse a apresentação do sargento na delegacia para prestar esclarecimentos”, disse o comandante.
O tenente coronel declarou ainda que o sargento teria entrado na área acompanhado da namorada e de mais três mulheres, entre elas, a vítima do estupro. Na casa onde o militar mora havia um outro amigo de farda. Teria ocorrido uma festinha no imóvel, com uso de bebidas alcoólicas.
As pessoas ouvidas pela polícia disseram que não houve nenhum tipo de orgia ou sexo grupal na casa, mas que pela madrugada, quando todos já estavam deitados, o sargento teria levado a mulher de 31 anos para o carro e saído com ela. A vítima estaria desacordada em razão do volume excessivo de bebida que ela teria ingerido.
“O sargento teria abandonado essa mulher em um ramal. Ele nega que tenha cometido o estupro, mas esse ato de abandono por si só já é algo grave. Os exames preliminares da Politec revelam que houve conjunção carnal, mas precisa se saber em que momento. O material genético colhido para comparação irá esclarecer se ele realmente cometeu o ato criminoso, ou não. Não podemos fazer julgamento antecipado, mas se houver a comprovação da culpabilidade ele será punido no rigor da lei. Confio no trabalho da Polícia Judiciária e vamos aguardar a conclusão do inquérito para poder dar o encaminhamento necessário ao caso”, concluiu.
O sargento foi mantido dentro da área militar e está à disposição da delegada Waldelice Carneiro, que preside o inquérito.
Elden Carlos – Editor de Polícia
Foto: Joelson Palheta
Deixe seu comentário
Publicidade