“Sarita” é encontrada morta em kitnet e polícia suspeita de latrocínio
Parentes da vítima encontraram a porta do imóvel aberta e a grade trancada com o cadeado
Elen Costa
Da Redação
O travesti Jeferson Pinheiro de Oliveira, de 43 anos, conhecido como “Sarita”, foi encontrado morto no início da noite desta quinta, em uma kitnet, localizada na avenida Cedro, no bairro Ipê – zona norte da cidade de Macapá.
A polícia foi acionada por familiares de Sarita, que estranharam o sumiço do mesmo. Ele foi visto pela última vez na noite anterior e durante todo o dia de quinta (18), não fez comunicação, o que levou seus parentes a irem ao endereço onde ele morava sozinho.
No local, eles encontraram a porta aberta e a grade trancada com o cadeado.
O 2° Batalhão da Polícia Militar (PM) fez o isolamento até a chegada da perícia e dos investigadores da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe).
O caso está sob responsabilidade do delegado Paulo Roberto Moraes.
Em entrevista a imprensa, a autoridade policial revelou a princípio, o caso está sendo tratado como um latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
“Essa vítima estava caída na cozinha e quando o perito fez a análise, verificou apenas um baque na cabeça dela. Os familiares informaram que ele morava sozinha e tinha televisão, celulares, joias, mas esses objetos não estão na casa, de fato foram subtraídos”, detalhou Moraes.
Pela forma como o imóvel foi encontrado, a autoridade policial acredita que o autor estava com Sarita dentro do kitnet.
Vizinhos relataram que chegaram a ouvir gritos na noite de quarta-feira (17), mas logo foram silenciados.
“Eles disseram que chovia bastante e cachorros estavam latindo, por isso, deram pouca importância”, concluiu o delegado.
A Politec fez perícia e recolheu impressão digital no local. Em seguida, removeu o corpo.
Sarita tinha passagens pela polícia e envolvimento com o tráfico de drogas. Em 2020, o mesmo sofreu um atentado no bairro Jardim Felicidade II e foi alvejado com três disparos, efetuados por homens em uma motocicleta. A motivação, segundo os levantamentos policiais, foi a disputa pelo controle da venda de entorpecentes.
No ano passado, ele foi acusado de ter assassinado o companheiro a facadas, na mesma região. A vítima tinha 23 anos e, conforme as investigações, foi morta dentro da casa em que morava com Sarita.
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