Polícia

Se passando por mecânico náutico, homem faturou mais de R$ 500 mil com golpes em vários estados

Investigação apurou que ‘Zelito’ se aproximava de pessoas da área da navegação e oficina, e as induzia a realizar pagamentos por supostos serviços em embarcações, e supostos investimentos referentes a compras de veículos de leilão


 

Elen Costa
Da Redação

 

Um elemento que se passava por mecânico náutico para aplicar golpes em vários estados brasileiros foi preso nesta quinta-feira, 28, em uma ação integrada que envolveu a Delegacia de Repressão a Fraude Eletrônica (DRFE), a 2ª Delegacia de Polícia de Santana e a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

 

Conhecido como ‘Zelito’, o indivíduo tem 40 anos de idade e estava com o mandado de prisão preventiva em aberto sob a acusação reiterada de crimes de estelionato. De acordo com informações, as investigações tiveram início após registros de boletins de ocorrências de diversas vítimas, nas cidades de Macapá e Santana.

 

 

Os fatos passaram a ser denunciados em agosto deste ano. Os relatos davam conta de que um cidadão, que afirmava ser empresário e mecânico do ramo de náutica, estava aplicando golpes.

 

Durante a investigação foi apurado que Zelito se aproximava de pessoas da área da navegação e oficina e, ao longo de dias, ganhava a confiança delas. Para algumas das vítimas, ele as induzia a realizar pagamentos por supostos serviços mecânicos em embarcações, já outras eram induzidas a realizar supostos investimentos referentes a compras de veículos automotores oriundos de leilão, sendo os valores recebidos em espécie ou por meio de conta bancária de terceiros.

 

Com o aprofundamento dos levantamentos policiais, ficou claro que o golpista vem adotando o mesmo ‘modus operandi’ – se identificando como mecânico para vítimas ou induzindo-as a realizarem investimentos – pelo menos desde 2020, tendo feito outras vítimas nos estados do, Amazonas, Alagoas, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, com prejuízo total superior a R$ 500 mil.

 

“Foi verificado um padrão de comportamento por parte do investigado: ele vai para uma cidade em que não é conhecido, coloca em prática os delitos planejados e, após a obtenção das vantagens ilícitas e a aumento da quantidade de vítimas, empreende fuga do local”, esclareceu o delegado Anderson Silwam.

 

Em relação aos casos ocorridos em solo amapaense, a polícia disse que mesma dinâmica foi observada. “Tão logo as vítimas começaram a realizar os registros de ocorrência e a procurá-lo, o investigado empreendeu fuga da localidade, tendo, desta vez, ido para o interior do estado do Rio de Janeiro. Considerando a clara reiteração delitiva, a DRFE e a 2ª DPS representaram pela prisão preventiva, que foi deferida pelo Poder Judiciário”, destacou Silwam.

 

Após diligências das equipes de investigação foi possível identificar o paradeiro de Zelito e, com o compartilhamento de informações com a polícia fluminense, o suspeito foi capturado em Niterói, no Rio de Janeiro.

 

“Na ação coordenada pelo delegado Gabriel Poiava, logramos êxito na prisão do investigado na cidade de Rio das Ostras, onde foram obtidos informes de que o mesmo já havia feito outras vítimas, adotado mesmo modus operandi”, concluiu o titular da DRFE, revelando que prisões de outros envolvidos, decorrente da investigação da Polícia civil do Amapá, devem ocorrer a qualquer momento.

 

O investigado preso seguirá à disposição do Poder Judiciário amapaense e serão realizadas comunicações nos processos judiciais nos estados onde o investigado também é procurado. Em razão da subnotificação dos registros de ocorrência, a Polícia Civil solicita aos cidadãos, que tenham reconhecido e sido alvo da ação do investigado, procurar a DRFE para os procedimentos cabíveis ao caso.

 


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