Sepultado corpo de tabelião assassinado no Bailique
Polícia acredita que o homem não tenha sido vítima de latrocínio, como se pensava inicialmente. Ninguém foi preso ainda suspeito de ter assassinado o tabelião
Elden Carlos
Editor de Polícia
Imagens cedidas: Elizabeth Trindade
Foi sepultado às 9h desta terça-feira (27) no cemitério de São José, no bairro Santa Rita, o corpo do correspondente bancário e tabelião Manoel Queiroz Barbosa, de 50 anos, o ‘Manoelzinho’ que foi encontrado morto na tarde do último domingo (25) no interior da residência onde ele morava, na Vila Progresso, distrito de Bailique.
Em entrevista na manhã desta terça-feira à rádio Diário (90,9FM), o tenente PM Brian, comandante do policiamento no Bailique, disse que a possibilidade de crime de latrocínio (roubo seguido de morte) é praticamente remota, tendo em vista que a aparentemente nada foi levado da residência.
“Ele [Manoelzinho] tinha dinheiro em casa e outros objetos de valor, mas nada foi levado, segundo relatos de parentes, o que acaba derrubando a tese de latrocínio. Se fala em possível crime passional, mas somente com o andamento das investigações é que se poderá confirmar. O que tivemos aqui foi um assassinato com requintes de crueldade. Na noite de sábado ainda a vítima foi vista bebendo na companhia de algumas pessoas. Ele chegou a convidar essas pessoas para ir a uma festa em outra comunidade, mas acabou desistindo. Ele disse que eles iriam para o bingo na tarde de domingo. Como não apareceu, uma amiga foi até a casa dele onde viu pela fresta da porta o Manoelzinho caído. Foi quando ela deu o alarme e a morte foi descoberta”, disse o tenente.
Moradores disseram ter escutado gritos de socorro na madrugada de domingo. Depois, um barulho de rabeta foi escutado deixando o local. “Não se sabe se foi uma ou mais pessoas. Mas é importante que as pessoas que viram qualquer movimentação suspeita naquela madrugada comuniquem a polícia para que se chequem as informações. Ao que parece, quem fez isso veio mesmo disposto a matar o Manoel”, concluiu o tenente lembrando que o homem foi morto com golpes de faca.
“Ele era meu braço direito no Bailique. Quando fazíamos as jornadas itinerantes ele sempre estava à frente, nos ajudando muito. Estivemos no local assim que soubemos e já tomamos providências necessárias para que essa morte seja esclarecida”, assegurou o juiz Luciano Assis, que era amigo do tabelião.
“Só queremos justiça. Meu irmão era uma pessoa de bem e não merecia ter sido morta. Quem fez isso deve pagar com o rigor da lei. Não queremos vingança, apenas punição para o assassino ou assassinos”, disse um dos irmãos da vítima durante o velório que ocorreu na casa da família, no bairro Perpétuo Socorro.
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