Suspeitos de comercializar ouro ilegal são alvos de operação da PF
Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Santo André en Balneário de Camboriú
Nesta sexta-feira, 1, a Polícia Federal (PF) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, no âmbito da Operação Eldorado, em investigação que apura a existência de organização criminosa voltada à intermediação de compra e venda de ouro ilegal e lavagem de dinheiro com remessa do minério para outros países.
As ordens judiciais foram cumpridas nas cidades dos investigados e onde mantêm suas empresas responsáveis pelo esquema. Dois deles foram em São Paulo, capital, dois em Santo André e um no Balneário de Camboriú, em Santa Catarina.
Apesar da investigação ocorrer na Superintendência da PF no Amapá, nenhum mandado foi cumprido no estado.
A ação é um desdobramento da Operação Au92, deflagrada em março do ano passado, tendo como objetivo investigar o comércio ilegal de ouro e urânio. Na oportunidade, 11 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos estados do Amapá, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Norte e Tocantins.
Durante as investigações iniciadas a partir do material apreendido naquela ação, a Polícia Federal identificou a existência de indícios de uma organização criminosa composta por empresas sediadas nos estados do cumprimento das buscas, que possivelmente adquirem o produto ilícito através de intermediários de compra e venda, para, em seguida, nacionalizar o ouro e assim enviá-lo para o exterior.
Além da aquisição de ouro extraído ilegalmente no país, tendo o Amapá como um dos locais, essas pessoas são suspeitas de adquirir ouro proveniente de países da África, especialmente Serra Leoa, e nacionalizá-los, dando uma falsa roupagem de legalidade a produtos de origem não declarada. Segundo as investigações, esse grupo teria movimentado toneladas de ouro e vinha armazenando esse minério em casas de custódia.
Os investigados poderão responder pelos crimes de usurpação de bens da União, organização criminosa, receptação dolosa e lavagem de capitais. Em caso de condenação, poderão pegar pena de até 27 anos de reclusão, mais pagamento de multa.
A ação resultou na apreensão de R$ 32.270 em ouro; R$ 1.250 em prata; um Porsche avaliado em R$ 587.500 mil; um Porsche 911 Carrera no valor de R$ 1.356.320 e um Volkswagen T-Cross TSI que custa R$ 146.460 mil.
Os bens apreendidos totalizam a quantia de R$ 2.123.800.
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