Polícia

Taxista é executado e polícia acredita em latrocínio

Um dos suspeitos do crime foi preso logo em seguida e confessou a autoria.


Elen Costa
Da Redação

O taxista Marcelo da Silva Medeiros, de 45 anos, foi morto na manhã desta quinta-feira, 27, no bairro Araxá, na zona sul de Macapá. A vítima foi executada dentro do próprio veículo, na rua Equatorial, por dois indivíduos que, segundo testemunhas, são conhecidos como ‘Tatá’ ou ‘Correria’, e ‘Feio’, que fugiram logo após o crime, por uma área de passarela.

Agentes da Polícia Civil (PC), juntamente com o delegado Ederson Martel, da Delegacia de Homicídios, estiveram no local, porém o caso está sendo tratado como latrocínio, que é o roubo seguido de morte, uma vez que o celular e a carteira porta-cédulas de Marcelo desapareceram. Por este motivo, será encaminhado para a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP).

Militares de várias unidades como o 1° Batalhão da PM, Batalhão de Força Tática e Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupamento Tático Aéreo (GTA), fizeram diligências na região, a fim de localizar os autores do assassinato.

Prisão 

Por volta das 13h, uma equipe da Ronda Ostensiva Tática Motorizada (Rotam) do Bope recebeu a informação do possível esconderijo de um dos indivíduos. Durante incursões pelas pontes da rua Nova Esperança, Tatá foi avistado, mas saiu correndo e fez disparos de arma de fogo, atingindo um morador da região, no braço e no tórax.

A vítima, de 50 anos, foi socorrida pelos policiais e, em seguida, repassada aos cuidados do Corpo de Bombeiros, para ser levada ao Hospital de Emergência (HE).

As buscas pelos criminosos continuaram, desta vez em uma área de mata e, novamente, Tatá disparou contra os PMs, ao ser avistado. Houve revide, mas o suspeito conseguiu escapar novamente.

A polícia continuou fazendo ⁶o cerco no local e, minutos depois, recebeu uma denúncia anônima, dando conta que Tatá estaria fugindo em um carro de aplicativo, modelo Gol, de cor vermelha. O mesmo estaria recebendo auxílio de sua namorada e do motorista do carro.

O veículo foi localizado e interceptado na rua Beira- Rio, no bairro Santa Inês. Sem saída, o criminoso e seus comparsas se renderam e foram presos.

Na busca veicular foi encontrado debaixo do banco traseiro do automóvel, um revólver calibre 38.

A ocorrência foi apresentada no Ciosp do Pacoval.

Na delegacia foi constatado que contra o condutor do carro, Braianson Lobato da Silva, de 26 anos, existia um mandado de prisão em aberto pelos crimes de homicídio e ameaça.
Jhonatan Pantoja Gomes, de 20 anos de idade, o Tatá, também estava sendo procurado pela Justiça. Ele é alvo de investigação em vários inquéritos presididos pelo delegado Kleyson Fernando, titular da DECCP. A única que não tinha ficha criminal era a companheira dele, Francilene Pinheiro de Souza, de 26 anos.

Versão do acusado

Em depoimento prestado ao delegado Vladson Nascimento, Tatá se reservou ao direito de permanecer calado. Mas, para a reportagem do Diário do Amapá, ele revelou que recebeu ordens das lideranças de uma determinada organização criminosa, para matar Marcelo, que teria violentado sexualmente uma criança de aproximadamente 6 anos, filha de uma ex-companheira dele.

“A mãe da criança procurou os caras de cima porque ele [taxista] estrupou a filha dela. Daí, mandaram eu fazer o serviço e eu fiz”, contou o réu confesso.

A versão de Tatá não foi confirmada pela polícia. Agora, os autores da morte de Marcelo, Francilene e Braianson, serão submetidos a audiência de custódia.


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