Política Nacional

Ação para prender Eike e mais 8 apura ocultação de US$ 100 milhões no exterior

Segundo a PF, boa parte do valor já foi repatriada: cerca de R$ 270 milhões dos R$ 340 milhões


A Operação Eficiência investiga crimes de lavagem de dinheiro, que consistem na ocultação no exterior de aproximadamente US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões).

A ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, com apoio da Receita Federal, cumpre nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal. Cerca de 80 agentes participam da ação.

Entre os alvos dos mandados está Eike Batista, que não foi encontrado em casa. Segundo advogado que diz representar o empresário, ele está viajando. Informações obtidas pela TV Globo indicam que o empresário está fora do país e é considerado foragido.

Segundo a Polícia Federal, o MPF já conseguiu repatriar cerca de R$ 270 milhões, que estão à disposição da Justiça Federal em conta aberta na Caixa Econômica Federal. A Força-Tarefa da Lava Jato agora solicita cooperação internacional para o bloqueio e repatriação dos valores ainda ocultos em outros países.

Além da lavagem de dinheiro, também são investigados os crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa.

A Eficiência é desdobramento da Operação Calicute, deflagrada no fim de 2016, que teve entre os presos o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, e a mulher dele, Adriana Ancelmo.

Cabral, que já está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, também teve mandado de prisão preventiva expedido na Operação Eficiência – foi o terceiro contra o ex-governador.
Um objeto das investigações é o pagamento de uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador por Eike Batista e Flávio Godinho – preso nesta quinta –, do grupo EBX, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. Segundo o MPF, o valor foi solicitado por Cabral a Eike Batista em 2010.

Segundo os procuradores, a remessa de valores de Cabral para o exterior foi contínua entre 2002 e 2007, quando ele acumulou US$ 6 milhões. Durante a gestão como governador, ele acumulou mais US$ 100 milhões em propinas, distribuídas em diversas contas em paraísos fiscais no exterior, afirmam os procuradores.


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