Alberto Fraga diz que ato contra caravana de Lula pode ser armação
“Quem me garante que não foi o próprio PT para se vitimizar?
O presidente da Bancada da Bala na Câmara, deputado Alberto Fraga (DEM-DF), defendeu, nesta quarta-feira (28), a necessidade da ampla investigação sobre os tiros que atingiram dois ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato em Curitiba no último dia 27. Entretanto, o que motiva o questionamento de Fraga sobre o atentado é uma possível armação do PT “para chamar atenção”.
“Tem que se apurar de onde veio esse tiro. Quem me garante que não foi o próprio PT para se vitimizar?”, indagou.
Para ele, a reação à caravana do ex-presidente é resultado da herança política que o partido deixou aos brasileiros. Alberto Fraga afirmou, inclusive, que “quem tem esse perfil de agredir, de atacar os outros, é a esquerda”.
“Na sua história, a direita não tem esse episódio. Quem prega a luta, a briga, a segregação é a esquerda. Agora, a gente percebe claramente que existe uma boa parcela da sociedade revoltada com o cinismo, com a falta de vergonha na cara. As pessoas lascaram com o Brasil e estão aí fazendo campanha como se nada tivesse acontecido. Isso tem revoltado as pessoas”, destacou o congressista.
Ao citar os atos violentos contra políticos, Fraga avaliou que “o que está acontecendo mostra o desrespeito que os marginais têm com o Estado”.
“Digo Estado porque quando se mata, se executa uma autoridade pública, o marginal está dizendo: ‘olha, não estou nem aí para vocês'”, considerou o deputado.
Os deputados Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão (MT), também se manifestaram sobre o caso. Ambos acompanham o pensamento de Fraga, e acreditam em uma possível armação do PT.
Em nota divulgada no último dia 28, a bancada do PT na Câmara reagiu e enfatizou que “o estímulo à violência por parte de agentes de Estado que deviam zelar pela convivência democrática, como alguns parlamentares da base do governo Michel Temer, só servem como combustível para atiradores e defensores da barbárie”.
“Em vez de debaterem as divergência democraticamente preferem tentar resolvê-las à base de revólveres, tacapes e chicotes. O Brasil do século 21 não aceita esse tipo de comportamento”, diz parte do documento.
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