Aliado de Cunha, Paulinho da Força entrará no Conselho de Ética
Paulo Pereira da Silva é um dos principais defensores de Eduardo Cunha e deve atuar no Conselho de Ética em favor da absolvição do peemedebista no processo por quebra de decoro parlamentar aberto.
Aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), informou que vai integrar o Conselho de Ética da Casa. Paulinho da Força, como é conhecido, foi escolhido pelo partido para substituir o deputado Wladimir Costa (SD-PA), que deverá apresentar renúncia à vaga no colegiado alegando problemas de saúde, já que passou recentemente por uma cirurgia.
Pelas regras do Conselho de Ética, os deputados devem ser eleitos para integrar o colegiado e não podem ser substituídos por decisão partidária. A exceção é quando há renúncia ou morte de um parlamentar, quando o partido do antigo integrante pode escolher um substituto.
Paulo Pereira da Silva é um dos principais defensores de Eduardo Cunha e deve atuar no Conselho de Ética em favor da absolvição do peemedebista no processo por quebra de decoro parlamentar aberto.
Segundo o parlamentar do Solidariedade, a ideia é manter Eduardo Cunha na presidência da Câmara para conseguir levar adiante o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Nosso partido, independente de eu assumir ou não, tem uma posição de defender o Eduardo. Queremos o impeachment da Dilma e achamos que é preciso manter o Eduardo para conseguir o impeachment. Então essa vai ser a posição no Conselho de Ética”, afirmou.
O deputado Fernando Francischini (SD-PR) confirmou a substituição que será feita pelo partido no Conselho. “Vai ser [escolhido] o Paulinho. Ele vai ocupar a cadeira no Conselho a partir de amanhã já. Fica no lugar do Wladimir”, disse.
No último dia 29, Paulinho protocolou no conselho, na condição de presidente do Solidariedade, representação contra o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). A medida foi vista como uma forma de retaliação a Alencar, que é um dos articuladores do pedido de investigação de Cunha no colegiado.
Em sua representação, Paulinho acusa Alencar de ter usado recursos da Câmara para fins eleitorais por ter parte da sua campanha financiada por funcionários de seu gabinete e de ter apresentado notas frias por serviços prestados por empresa fantasma para ser ressarcido pela Câmara.
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