Política Nacional

Auditor do TCU diz que pedaladas causaram ‘dano muito grande’

Auditor do TCU diz que BB fez empréstimo ao governo Dilma que fere a lei.


O auditor de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) Antônio Carlos Costa D’Ávila afirmou, em depoimento no julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff (PT) no Senado, que as “pedaladas fiscais” do governo da presidente afastada causaram um “dano muito grande” ao país.

Dilma é acusada de ter cometido crimes de responsabilidade ao editar três decretos de crédito suplementar sem a autorização do Congresso Nacional e ao atrasar pagamentos, da União para o Banco do Brasil, de subsídios concedidos a produtores rurais por meio do Plano Safra – as chamadas “pedaladas fiscais”.

A defesa sustenta que a edição dos decretos foi um remanejamento de recursos, sem impactos na meta fiscal, e que não houve má-fé da presidente na edição dos decretos. Sobre as “pedaladas”, diz que não são empréstimos, mas prestações de serviços e que Dilma não teve participação direta nos atos.

Danos
O auditor de fiscalização do TCU, Antônio Carlos Costa D’Ávila foi questionado pela senadora Lúcia Vânia (PSB-GO) sobre como as pedaladas fiscais causaram danos aos cofres públicos. O auditor respondeu que houve danos ao erário de “maneira direta e indireta” com as pedaladas.

“De maneira indireta, porque toda perda de credibilidade que decorre da prática dessas operações irregulares que contrariam a Lei de Responsabilidade Fiscal trouxe aumento da taxa de juros, trouxe aumento do custo para que as instituições contraíssem empréstimos no exterior.”

D’Ávila disse ainda que o país teve uma elevação muito grande da taxa de juros. “O que significa dizer que, por conta dessa perda de credibilidade, o governo tem pagado muito mais para poder financiar as suas políticas.”


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