Barroso diz que não tem “obsessão” por Lula, mas defende julgamento ágil
Lula esta sujeito a todos os juízos políticos favoráveis e desfavoráveis
Em entrevista, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso avaliou o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que responde a diversos processos, foi condenado na primeira instância pelo juiz Sergio Moro por suposto recebimento de propina da OAS por meio de apartamento tríplex no Guarujá e aguarda julgamento de recurso na segunda instância (no Tribunal Reginal Federal da 4ª região).
Para que seja cumprida a lei da Ficha Limpa, que impede candidatura de condenados em 2º grau, o ministro defendeu a suposta agilidade extraordinária acusada pela defesa de Lula na tramitação do caso em segunda instância. “No ano eleitoral, a Justiça ter o cuidado de não permitir que até o último momento existam incertezas, acho que é virtude”, disse. “O que se fez é correto e deverá ser feito com qualquer pessoa, seja o presidente Lula ou não”.
“No estado democrático de direito as regras valem para todo mundo”, declarou Barroso.
O ministro afirmou que não tem a “obsessão nacional que as pessoas têm pelo ex-presidente Lula”.
“Ele é um personagem importante da história recente, sujeito a todos os juízos políticos favoráveis e desfavoráveis que a política engendra, mas como cidadão e como juiz constitucional, (digo que) ele não merece ser tratado nem melhor nem pior que qualquer pessoa”, afirmou.
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