Política Nacional

Bolsonaro diz que Brasil é um ‘país árabe’ e cita fuso horário como motivo para visitar Emirados Árabes primeiro

Em viagem por países da Península Árabe, presidente afirma que tem visto menos resistência a mudar a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.


O presidente Jair Bolsonaro afirmou em entrevista à TV oficial do Emirados Árabes Unidos publicada nesta segunda-feira (28) que o Brasil é um país árabe.

“Temos mais de 5 milhões de árabes morando no Brasil”, ele disse à Emirates News Agency.

Bolsonaro foi ao Japão e China e agora passa por países do Oriente Médio. No fim de semana, ele estava em Abu Dhabi, capital dos Emirados, e nesta segunda-feira (28) visita Doha, no Catar.

Ao ser perguntado, na entrevista, sobre por que os Emirados Árabes foram o primeiro país do Oriente Médio visitado pelo presidente nesta viagem, Bolsonaro disse que lá há um “simbolismo mais especial”, porque há “quase mil profissionais trabalhando em jiu-jitsu”.

A luta é obrigatória nas escolas e nas Forças Armadas, além de ser praticada pela polícia. Profissionais brasileiros foram ao país para dar aulas.

Ele também disse à agência emiradense: “Passou por aí, e levando-se em conta também, com todo o respeito, o fuso horário, para nós aproveitarmos o melhor possível a nossa viagem”.

O presidente se encontrou com o xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum, vice-presidente e primeiro-ministro do país, e com o xeique Sheikh Mohamed bin Zayed Al Nahyan, príncipe dos EAU.

De acordo com a agência, o presidente conversou também com empresários, e tentou atraí-los para o leilão dos excedentes da cessão onerosa.

Embaixada em Israel
Pouco depois de assumir, em janeiro, o presidente Bolsonaro acenou com a possibilidade de transferir a embaixada brasileira em Israel da cidade de Tel Aviv para Jerusalém, o que desagrada os árabes.

O presidente falou sobre o tema nesta segunda (28), em Doha. Ele disse que tem visto “diminuir a resistência” à transferência da embaixada brasileira para Jerusalém, e argumentou que “no Brasil são quase 40% de evangélicos que querem essa mudança” –citou que a própria mulher, Michelle Bolsonaro, é evangélica.

“Acho que é um passo o escritório comercial. Acho que mais cedo ou mais tarde naturalmente pode acontecer a transferência da embaixada”, afirmou Bolsonaro.


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