Chamado de ‘espertalhão’ por Bolsonaro, Paulo Câmara diz que presidente deveria falar sobre óleo no Nordeste
Nesta sexta (18), presidente disse que “desonestidade ainda persiste na política”, ao falar sobre 13º do Bolsa Família. Governador cobrou posicionamento sobre dano ambiental.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) chamou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), de “espertalhão”, pelas redes sociais, nesta sexta (18). Ele usou esse termo ao falar sobre a autoria da ideia do 13º salário do Bolsa Família. Também pelas redes sociais, o governador reagiu e disse que presidente deveria falar sobre as manchas de óleo que atingiram o Nordeste.
Os governos federal e estadual instituíram projetos semelhantes, mas em datas diferentes. A ideia do 13º do Bolsa Família de Paulo Câmara surgiu em agosto de 2018 e o de Bolsonaro, em outubro do mesmo ano, durante a campanha eleitoral.
O texto do presidente da República foi divulgado com um vídeo postado por um seguidor. Nele, um homem afirma que o governador de Pernambuco estaria querendo “surfar na onda Bolsonaro”.
Na postagem, Bolsonaro escreveu que “a desonestidade ainda persiste na política. O espertalhão da vez agora é o governador de Pernambuco, do PSB. Mas o povo de bem reage às mentiras”.
No vídeo publicado pelo presidente, aparece um homem, que está em frente a um outdoor de divulgação do 13º salário do Bolsa Família instituído em Pernambuco. Essa pessoa afirma que “foi o governo federal que fez isso”.
O projeto do 13º do Bolsa Família de Pernambuco, ao qual o outdoor se refere, foi uma promessa de campanha de Câmara, em agosto de 2018, e foi lançado em março de 2019.
O programa exige que os beneficiados do Bolsa Família incluam o CPF nas notas fiscais de compras de determinados produtos para ter direito ao 13º.
Durante a campanha presidencial, Bolsonaro anunciou a parcela extra do programa, em outubro de 2018, depois do primeiro turno, no qual o governador de Pernambuco foi reeleito.
A Medida Provisória (MP) que institui o 13º do Bolsa Família pelo governo federal, no entanto, foi assinada um ano depois e, posteriormente, editada pelo presidente.
De acordo com o Ministério da Cidadania, o pagamento será feito em dezembro e custará R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos.
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