Política Nacional

Comissão conclui depoimentos da defesa de Dilma

Processo de impeachment no Senado está em fase de ‘pronúncia’.
Próxima etapa prevê depoimento da própria Dilma ou do advogado.


A Comissão Especial do Impeachment do Senado concluiu nesta quarta-feira (29) os depoimentos das testemunhas de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, que começaram em 14 de junho. Os últimos depoimentos começaram pela manhã e terminaram por volta das 19h45.

Concluída a etapa de depoimentos das testemunhas, a comissão pretende ouvir na próxima quarta (6) a própria Dilma, acusada de ter cometido crime de responsabilidade, base do pedido de impeachment. Ela não é obrigada a comparecer e pode ser representada pelo advogado, o ex-ministro José Eduardo Cardozo.

Os últimos convocados para serem ouvidos na comissão foram João Luiz Guadagnin, diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção do Ministério do Desenvolvimento Agrário; Marcel Mascarenhas dos Santos, procurador do Banco Central; Fernando Rocha, chefe adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, e Paulo José dos Reis Souza, subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional.

Último dia

Em pronunciamento na comissão, a senadora Ana Amélia (PP-RS) voltou a criticar o fato de a defesa ter convocado 40 pessoas para depor, afirmando, porém, que a comissão cumpriu o cronograma. “Hoje é o último dia que estamos nesse processo. Cumprimos com o nosso dever”, disse.

O presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB) lembrou que as 40 testemunhas foram aprovadas previamente pelo relator da comissão, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), e por ele próprio.

“Sabiamos que 40 seria desgastante, seriam muitas horas de trabalho, mas nós estamos aqui exatamente porque queremos, espontaneamente. Portanto, trabalho para todos nós dessa comissão não representa nenhum empecilho, e sim, um estímulo”, disse. 

O advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, também se pronunciou sobre o assunto, afirmando que “não houve nenhum arbítrio, nenhuma concessão” no fato de a defesa ter apresentado 40 testemunhas.

Ele afirmou que a decisão do número de testemunhas foi totalmente legal e embasada pelo STF, em nome do amplo direito de defesa.


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