Comissão quer ouvir ministro eduardo Pazuello (Saúide) sobre retenção de testes e reuniões com laboratórios
Requerimentos foram aprovados em audiência pública; comparecimento não é obrigatório. Na última semana, Pazuello recebeu representantes de cinco laboratórios que desenvolvem vacinas.
A comissão mista do Congresso Nacional que acompanha as medidas de combate ao novo coronavírus aprovou requerimentos para ouvir o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Pazuello será convidado a falar sobre os testes RT-PCR retidos em estoque, prestes a vencer, e também sobre reuniões realizadas com laboratórios que desenvolvem vacinas contra o novo coronavírus.
Por se tratar de um convite, a participação do ministro não é obrigatória.
Um dos requerimentos pede a realização de uma audiência pública com Pazuello para “buscar informações e esclarecimentos” sobre o possível descarte de milhões de testes para detecção da Covid-19.
O jornal “O Estado de S. Paulo”, revelou que o Ministério da Saúde armazena em São Paulo um estoque com 6,86 milhões de testes para a Covid-19 que podem perder validade até janeiro de 2021.
Outro requerimento também aprovado pede que o Ministério da Saúde preste informações sobre os motivos para a não distribuição desses kits de testagem até o momento. O documento também pede que a pasta informe o plano de distribuição dos testes e o número exato de exames em estoque.
Nesse caso, a resposta é obrigatória e deve ser protocolada em um prazo de até 30 dias. Caso contrário, o ministro Pazuello pode responder por crime de responsabilidade.
Reuniões com laboratórios
Outro requerimento aprovado nesta terça pela comissão mista pede audiência pública, também com o ministro da Saúde, para esclarecer dúvidas sobre reuniões realizadas na semana passada com cinco laboratórios cujas vacinas para a Covid19 encontram-se em fase avançada de desenvolvimento.
Pfizer, Janssen, Sputinik V, Moderna e Covaxin estão na lista de empresas recebidas pelo Ministério da Saúde. Nesta série de encontros, o Ministério da Saúde não se reuniu com representantes da CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac, que tem parceria com o Instituto Butantan.
As conversas sobre este imunizante estão sendo conduzidas diretamente com representantes do governo paulista.
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