Conselho de Ética recebe pedido para investigar deputado Chico Alencar
No Código de Ética da Câmara, o prazo limite para que esse despacho ocorra é de três sessões ordinárias no plenário da Casa. Para postergar ao máximo o início de seu processo e das investigações, Cunha decidiu que só enviaria a representação depois de esgotado esse prazo. No dia 27 de outubro, ocorreu a terceira sessão ordinária e o prazo se encerrou. O Conselho de Ética instaurou processo para investigar o peemedebista.
A Mesa Diretora da Câmara enviou ao Conselho de Ética pedido de abertura de processo para investigar se o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) cometeu quebra de decoro parlamentar. A representação, de autoria do Solidariedade, foi encaminhado nove dias após o protocolo, enquanto pedido do PSOL e da Rede para investigar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), demorou 15 dias para chegar ao conselho.
No Código de Ética da Câmara, o prazo limite para que esse despacho ocorra é de três sessões ordinárias no plenário da Casa. Para postergar ao máximo o início de seu processo e das investigações, Cunha decidiu que só enviaria a representação depois de esgotado esse prazo. No dia 27 de outubro, ocorreu a terceira sessão ordinária e o prazo se encerrou. O Conselho de Ética instaurou processo para investigar o peemedebista.
O pedido foi enviado antes do término do prazo, depois de transcorridas duas das três sessões exigidas. O pedido de cassação do mandato do parlamentar do PSOL é de autoria do deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, um dos principais aliados de Cunha. Chico Alencar foi um dos parlamentares que articularam o pedido de cassação de Cunha. Por diversas vezes, chegou a pedir em plenário explicações ao peemedebista sobre a existência de contas bancárias na Suíça atribuídas a ele.
Em sua representação, Paulinho acusa Chico Alencar de ter usado recursos da Câmara para fins eleitorais, por ter parte da sua campanha financiada por funcionários de seu gabinete e por ter apresentado notas frias por serviços prestados por empresa fantasma para ser ressarcido pela Câmara.
O Diretório Nacional do PSOL contestou as acusações, afirmando que, no caso da suspeita das notas frias, o Ministério Público arquivou o procedimento por não ter encontrado indício contra o deputado. Sobre as contas de campanha de Alencar, ressalta que foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
O PSOL diz ainda que a representação contra Alencar “baseia-se em denúncias falsas” e tem o objetivo de intimidar a ele e ao partido “na luta contra Eduardo Cunha”. “É sabido que Paulinho da Força e seu partido compõem a base de sustentação do presidente da Câmara dos Deputados e têm colaborado para impedir o andamento das investigações contra Cunha”, diz a nota.
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