Constituição prevê impeachment, não ‘atentado’ à democracia, diz Dilma
Ela falou sobre processo de impeachment autorizado por Eduardo Cunha
A presidente Dilma Rousseff afirmou, durante a Conferência Nacional de Juventude, que a Constituição brasileira prevê o processo de impeachment, mas não o “atentado” à democracia, os “atalhos” e “artifícios” para se chegar ao poder.
Em um discurso que durou cerca de meia hora, ela acrescentou: “não conseguirão nada atacando minha biografia, sou uma mulher que lutou pelo meu país, amo meu país e sou honesta”.
Há duas semanas, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu pedido de impeachment da petista movido pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior.
Cunha negou motivação política e, em reação ao discurso dele, a própria presidente convocou a imprensa para pronunciamento no Palácio do Planalto no qual disse que não cometeu “atos ilícitos” à frente da Presidência.
“A Constituição prevê, sim, este processo [de impeachment], mas o que ela não prevê é a invenção de motivos. Isso não está previsto em nenhuma constituição. Por isso, aqueles que tentam chegar ao poder de forma a saltar a eleição direta oscilam, entre invenções e falácias, porque não há como justificar o atentado que querem cometer contra a democracia e é isso que nós chamamos de golpe”, disse a presidente.
Em outro trecho do discurso, Dilma afirmou que não será possível mudar o Brasil para melhor se a população permitir que a “jovem democracia” do país seja “golpeada, agredida e desrespeitada”. A petista disse que é preciso garantir o respeito ao voto popular e ao resultado das eleições. “Sabemos que defender a democracia é mudar o Brasil para melhor”.
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