Política Nacional

Defesa de Delúbio Soares reclama de juíza da Lava Jato e pede novo depoimento de Bumlai

A defesa argumenta que, inicialmente, Bumlai teria afirmado “categoricamente” que Delúbio Soares “não fez qualquer menção a pedidos de empréstimos e nem a destinações dos valores dos empréstimos feitos ao Banco Schahin ou ao [próprio] José Carlos Costa Marques Bumlai”.


A defesa de Delúbio Soares encaminhou pedido à Justiça Federal do Paraná solicitando que o pecuarista José Carlos Bumlai seja interrogado novamente em processo que apura a participação do ex-tesoureiro do PT e de outros cinco suspeitos em um suposto esquema de corrupção envolvendo o Banco Schahin.

Os advogados afirmam que, durante o depoimento de Bumlai em fevereiro deste ano, o pecuarista mudou a versão dos fatos que narrava ao ser confrontado pela juíza Carolina Moura Lebbos em relação relatos prestados à Justiça em 2016 em outro processo.

A defesa argumenta que, inicialmente, Bumlai teria afirmado “categoricamente” que Delúbio Soares “não fez qualquer menção a pedidos de empréstimos e nem a destinações dos valores dos empréstimos feitos ao Banco Schahin ou ao [próprio] José Carlos Costa Marques Bumlai”.

No entanto, ao ser confrontado com o depoimento de 2016, Bumlai teria mudado a versão e reafirmado que o ex-tesoureiro petista fez parte de reunião no banco em que, supostamente, foi tratado o esquema de corrupção.

Segundo os advogados de Delúbio, a juíza tinha como objetivo obrigar o pecuarista a manter as mesmas versões sob pena de acusação de falso testemunho.

Outro ponto levantado pela defesa do petista é o fato de que, se a Justiça usaria um depoimento anterior, não teria necessidade de ouvir Carlos Bumlai novamente. Para a defesa, a Justiça pressionou a testemunha a repetir a versão.

No pedido, a defesa reproduziu trechos do depoimento em que a juíza pede a Bumlai para confirmar o depoimento anterior.

Em um dos trechos da audiência, a magistrada faz referência ao depoimento dado em 2016 e pede que Bumlai confirme a versão de que algumas pessoas – entre as quais Delúbio – haviam participado da reunião na sede do Banco Schahin.

Ao responder, Bumlai enfatizou: “Se eu disse isso eu confirmo”.

O suposto esquema é investigado em um processo aberto em 2016 no âmbito das ações da Lava Jato. Apesar de ser citado na denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o pecuarista José Carlos Bumlai não foi inserido na lista de investigados por ter mais de 70 anos.


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