Defesa de Lula diz que denúncia do MPF é vaga e sem fundamentos
Neste processo, Lula é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já a ex-primeira dama responde pelo crime de lavagem de dinheiro.
Os advogados do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentaram à Justiça Federal do Paraná, a defesa prévia de Lula e da esposa, Marisa Letícia, relacionada a uma das ações penais que eles respondem no estado pela Operação Lava Jato.
Neste processo, Lula é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já a ex-primeira dama responde pelo crime de lavagem de dinheiro. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) envolve a compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente, em São Bernardo do Campo.
‘Vagueza’
A defesa prévia foi protocolada no processo eletrônico da Justiça nesta noite. No documento, os advogados acusam os procuradores da República de perseguição política e de prática de lawfare – que é o uso da máquina jurídica para denegrir a imagem de uma pessoa.
“Vagueza é a palavra que qualifica adequada e perfeitamente a acusação formulada pelo Ministério Público Federal nestes autos. Pelo entendimento do Juízo, todavia, tudo é abrangido pelo contexto!”, diz a defesa.
A defesa prévia cita “truculências” sofridas por Lula, como a condução coercitiva e a divulgação dos grampos, que ocorreram em março de 2016.
Segundo os advogados, os procuradores não apresentaram provas mínimas da participação do Lula. Eles não dizem onde, como, nem porque o ex-presidente da República teria recebido as vantagens indevidas, conforme apontou a defesa.
Os advogados dizem também que, pela falta de elementos probatórios contra Lula, fica impossível realizar a ampla defesa do ex-presidente. De acordo com a defesa, não há como rebater argumentos que não estejam totalmente esclarecidos na denúncia.
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