Política Nacional

Deputados votam pela soltura e retorno de deputado preso por determinação do STF

A votação do parecer da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aconteceu após convocação do presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho (PSB). O parecer foi pela revogação da prisão de Fabris e revogação da suspensão do mandato.


Os deputados estaduais do Mato Grosso votaram na sessão noturna de terça-feira (24/10) o parecer sobre a prisão do deputado Gilmar Fabris (PSD). Fabris está preso desde o dia 15 de setembro, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de obstrução da Justiça no âmbito da Operação Molebolge, da Polícia Federal. A operação investiga crimes de corrupção e pagamento de propina a políticos durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

A votação do parecer da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aconteceu após convocação do presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho (PSB). O parecer foi pela revogação da prisão de Fabris e revogação da suspensão do mandato.

Os 19 deputados que estavam presentes à sessão no momento da votação se manifestaram favorável ao parecer da Comissão de Ética, ou seja, pela liberdade do deputado e para que ele volte às atividades.

A ALMT deve comunicar o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e o STF sobre a votação, que teve como base a votação do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), para a expedição do alvará de soltura. Na semana passada, o Senado revogou uma decisão do STF votando pelo retorno dele ao cargo.

No pedido de prisão feito ao Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) argumenta que há indícios de que ele tenha tomado conhecimento da operação e deixado a casa às pressas antes da chegada dos agentes da PF na casa dele para o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

As câmeras de segurança do prédio onde ele mora mostram o parlamentar descendo o elevador do prédio às 5h34 do dia 14 – data da operação, de pijama e chinelo, e com uma mala pequena nas mãos, segundo a decisão do ministro do STF Luiz Fux, que determinou a prisão dele. A maleta, de acordo com a PGR, poderia conter documentos de interesse da investigação, além de dinheiro.

O ministro Luiz Fux, do STF, determinou a prisão de Gilmar Fabris no dia 14 de setembro, mesmo dia da operação Malebol

Esquema de propina

Gilmar Fabris foi citado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em acordo de delação com a Procuradoria-Geral da República como um dos supostos beneficiados com o recebimento de propina de verba desviada por meio de programa de pavimentação asfáltica MT Integrado.

Inclusive, ele aparece em vídeos entregues pelo ex-governador à PGR como provas materiais do esquema de corrupção no governo.

Gravado por uma câmera escondida na sala do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cezar Corrêa, Fabris reclama do valor entregue pelo ex-chefe da quadrilha, que era responsável pelo pagamento de propina e outras vantagens indevidas a políticos durante a gestão de Silval Barbosa, e questiona sobre os R$ 100 mil que seriam pagos a ele.

Segundo Silval Barbosa, Fabris é um dos sete deputados estaduais que, entre 2012 e 2013, o procuraram e exigiram dinheiro de propina de obras da Copa do Mundo de 2014 e do programa MT Integrado para aprovar as contas do Executivo durante a gestão dele.


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