Dilma critica saída de médicos cubanos do Brasil e vê dificuldade em substituição: ‘Menos Médicos’
O programa, criado durante seu Governo, atendia cerca de 28 milhões de brasileiros
Em postagem em sua página oficial no Facebook, a ex-presidente Dilma Rousseff lamentou a saída de 8,5 mil médicos cubanos do Brasil. O programa, criado durante seu Governo, atendia cerca de 28 milhões de brasileiros, a maioria deles em cidades com menos de 20 mil habitantes.
O governo cubano anunciou a saída do programa Mais Médicos nesta quarta-feira (14) e culpou o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Pelo Twitter, o capitão reformado afirmou que Cuba não aceitou as novas condições que seu futuro governo iria impor para a continuidade do programa. O Ministério da Saúde anunciou que lançará um edital de emergência para cobrir as vagas deixadas pelos cubanos.
Sob o título “O Brasil do Menos Médicos”, Dilma escreveu: “os cubanos estão deixando o Brasil. Vai ser muito difícil substituir os mais de 8 mil médicos cubanos que ainda atuam no país”.
A petista cita o concurso público feito para o programa Mais Médicos em 2017, que teve 6.285 candidatos brasileiros para 2.320 vagas. “Mas, dos aprovados, apenas 1.626 apareceram para trabalhar e, além disso, 30% deles optaram por abandonar o trabalho antes de completar um ano. Os prefeitos serão os primeiros a sofrer a pressão popular contra o abandono do serviço médico”, traz a nota.Segundo Dilma, há pelo menos 1,6 mil pequenos municípios em que apenas médicos cubanos realizam assistência à saúde. “Diante da decisão estabanada que deixará milhões sem médico, resta-nos lutar e esperar que o Brasil possa seja de novo um país capaz de recebê-los de volta. Que volte a ser um país em que a saúde não seja comprometida por ideologia estreita e autoritária”, finalizou.
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