Edson Fachin concede 60 dias para JBS complementar delação
A decisão foi acatada por Fachin após pedido feito pelo próprio delator. O prazo inicial para a entrega de anexos venceu nesta quinta-feira (31), mesma data em que a prorrogação foi assinada pelo ministro.
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais 60 dias para que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, apresente novos anexos a sua delação premiada.
A decisão foi acatada por Fachin após pedido feito pelo próprio delator. O prazo inicial para a entrega de anexos venceu nesta quinta-feira (31), mesma data em que a prorrogação foi assinada pelo ministro.
Na ocasião, os delatores entregaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) cerca de 40 novos documentos, incluindo anexos de corroboração de informações já prestadas e de novas revelações que serão apresentadas.
Segundo Fachin, não há obstáculo legal para a “retificação ou dilação temporal” da delação, contanto que “sem adentrar à mudança substancial nno pactuado, congruente com a eficácia e a efetividade da colaboração premiada”.
Joesley e seu irmão Wesley Batista, principais acionistas do grupo J&F, assinaram um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) para entregar esquemas de corrupção envolvendo cerca de dois mil políticos.
A previsão do acordo é que eles não sejam denunciados pelos procuradores pelos crimes confessados na delação. O depoimento de Joesley serviu de base para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fazer a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer.
Temer foi acusado de corrupção passiva após o empresário entregar gravações de conversas suspeitas com o mandatário. De acordo com a imprensa brasileira, Joesley utilizará o novo prazo para revelar novas gravações envolvendo políticos em exercício.
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