Em discurso na ONU, ernesto Araújo defende ‘esforços de nações individuais’ contra Covid-19
Chanceler afirmou que ‘a dignidade humana requer liberdade tanto quanto requer saúde e oportunidades econômicas’.
Ochanceler Ernesto Araújo representou o Brasil, segundo país com mais mortes por Covid-19 no mundo, na sessão especial da Assembleia-Geral das Nações Unidas sobre o coronavírus. Ele enviou uma mensagem em vídeo apresentada nesta quinta-feira (3). Na fala, ele deu ênfase à defesa de medidas “individuais” das nações no combate à pandemia.
A crise deve ser encarada sem “abandonar os princípios fundamentais desta organização” que “deve se basear nos esforços de nações individuais atuando de forma concertada”, discursou. Ele defendeu que a ONU deve funcionar como uma plataforma para que os países compartilhem suas experiências e práticas. “Não existe uma solução única para todos”, disse.
Segundo Araújo, os paises não devem transferir responsabilidades nacionais para um nível internacional por causa de “clichês” como “crises globais precisam de soluções globais”.
OMS
Araújo ainda disse haver deficiências na Organização Mundial da Saúde (OMS), porém sem citá-las especificamente. “Embora reconheçamos o mandato da OMS na pandemia, também identificamos deficiências críticas nessa organização, que devem ser resolvidas o mais rápido possível. A Covid-19 deve levar a melhores instituições multlaterais.
Araújo enumerou medidas do governo brasileiro em meio à pandemia, como a concessão do auxílio emergencial, e frisou que essas não foram iniciativas de organismos multilaterais.
O fato de o Brasil estar atrás apenas dos EUA em número de mortes por Covid-19, assim como a defesa do uso da cloroquina no seu combate, apesar de sua ineficácia contra essa doença ter sido constatada pela ciência, não foram abordados na fala de Araújo.
Indígenas
O ministro das Relações Exteriores disse em sua mensagem aos 192 membros da ONU que “medidas especiais foram adotadas para proteger os grupos vulneráveis, especialmente nossa população indígena”. “”Adotamos oportunamente uma estratégia nacional com o objetivo de fortalecer os serviços, a prevenção e o controle da Covid-19 entre a população indígena, respeitando suas especificidades culturais e geográficas”, afirmou.
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