Em reunião com Temer, líderes do ‘Centrão’ dão apoio ao ajuste fiscal
O grupo, organizado a partir de uma articulação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quando estava no comando da Câmara, se reuniu com o presidente três dias após a cassação do agora ex-deputado.
A estratégia de Temer é assegurar os votos do “Centrão” mesmo após a cassação de Cunha, o principal líder do bloco.
Em almoço com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, líderes de sete partidos que integram o chamado “Centrão”, bloco informal que reúne algumas legendas de centro-direita na Câmara, entregaram numa carta em que manifestam apoio às medidas de ajuste fiscal do governo federal, entre elas a proposta que estabelece um teto para os gastos da União, estados e municípios.
O grupo, organizado a partir de uma articulação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) quando estava no comando da Câmara, se reuniu com o presidente três dias após a cassação do agora ex-deputado.
A estratégia de Temer é assegurar os votos do “Centrão” mesmo após a cassação de Cunha, o principal líder do bloco.
O documento de apoio ao ajuste fiscal foi assinado pelos deputados Baleia Rossi (PMDB-SP), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Aelton Freitas (PR-MG), Rogério Rosso (PSD-DF), Márcio Marinho (PRB-BA), Jovair Arantes (PTB-GO) e Paulinho da Força (SD-SP). As bancadas desses partidos, juntas, somam 245 parlamentares. Também assina a carta o líder do governo, André Moura (PSC-SE), que liderava o PSC, outro partido que faz parte do Centrão. De acordo com Marinho, Moura foi chamado para o encontro a convite do grupo de parlamentares
Na carta, os líderes manifestaram o “mais absoluto e irrestrito compromisso e apoio às ações do governo” e reafirmam a “confiança na condução e liderança firme, altiva e democrática” de Temer.
Futuro político na Câmara
Segundo os líderes, o foco da conversa com o presidente foram as medidas de ajustes fiscais e não se discutiu a sucessão à presidência da Câmara. Com a saída de Eduardo Cunha, Rodrigo Maia (DEM-RJ) conseguiu se eleger graças, principalmente, ao apoio do Planalto. No entanto, o mandato dele acaba em fevereiro do ano que vem, quando acontecem novas eleições para o biênio seguinte. Os líderes foram questionados também, após o encontro, sobre o futuro do bloco na ausência de Cunha. Eles afirmaram que o grupo segue unido na base de sustentação do governo, mas não deram resposta sobre quem deve assumir o lugar do deputado cassado. “Independente de quem coordena ou não, somos integrantes da base de governo. Não existe liderança do Centrão, mas líderes de partidos que compõem o grupo”, afirmou Rogério Rosso após a reunião.
Jovair Arantes engrossou o coro e disse que o bloco vai continuar apoiando “uma proposta para salvar o Brasil em todos sentidos”. Questionado sobre qual contrapartida esperam do governo em troca do apoio, respondeu: “É uma contrapartida política”.
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