Em sabatina, Marina condena velha forma de fazer política nas eleições
A candidata atacou adversários e questionou o ordenamento jurídico
A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, atacou seus adversários durante sabatina promovida pelo Estadão e FAAP, nesta terça-feira (28), em São Paulo. Questionada sobre como realizar a mudança política que tanto prega, Marina defendeu, antes de tudo, transformações profundas na estrutura política e o fim da impunidade.
“Se Lula [ex-presidente petista preso em Curitiba] está pagando pelos erros que cometeu, por que o Aécio [Neves, do PSDB] não está? Por que Michel Temer não está? Por que Renan Calheiros não está?”, disparou a candidata.
A líder da Rede Sustentabilidade destacou algumas mudanças importantes para o País: punição para os crimes de caixa 2, fim da reeleição para presidente da República – segundo ela, “quatro anos já é uma dose de doação relevante e suficiente” –, além do fim do foro privilegiado.
Marina atacou também seu ex-partido, o PT, que, segundo ela, foi o responsável por uma grande campanha de difamação de sua imagem na eleição de 2014, quando também disputou o cargo de presidente. “Não foi Donald Trump [presidente dos Estados Unidos] que inventou as ‘fake news’. Foi João Santana e a Dilma [Rousseff, ex-presidente petista] contra mim”, disse a ex-ministra de Lula.
Apesar das duras críticas, Marina negou que tenha se posicionado contra a participação nos debates na TV do petista Fernando Haddad, atual vice na chapa e possível representante do PT na corrida eleitoral diante de um eventual impedimento do ex-presidente Lula de concorrer.
“O debate é entre presidentes. O que eu disse é que se o vice do PT puder participar, eu também posso mandar o meu vice para o debate e seguir com minha agenda de viagens”, argumentou.
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