Política Nacional

‘Essa conta não pode vir para a gente’, diz vice Mourão sobre rompimento de barragem

Em nota, a Vale já disse que “lamenta profundamente” o acidente e está empenhando “todos os esforços” no socorro e apoio aos atingidos.


O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que a “conta” do rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG) “não pode ir” para o atual governo.

Mais cedo, nesta sexta, uma barragem da mineradora Vale rompeu, e um mar de lama atingiu a região. Moradores tiveram que deixar as casas e, segundo os Bombeiros, cerca de 200 pessoas estão desaparecidas. “Essa conta não pode vir para gente, não pode vir para o nosso governo. Porque nós assumimos faz 30 dias. É uma empresa privada, a Vale é uma empresa privada. Tem que apurar o que houve. Era considerada a barragem de menor grau de risco”, disse Mourão.

Em nota, a Vale já disse que “lamenta profundamente” o acidente e está empenhando “todos os esforços” no socorro e apoio aos atingidos.

“Ainda não há confirmação sobre a causa do acidente. A prioridade máxima da empresa, neste momento, é apoiar nos resgates para ajudar a preservar e proteger a vida de empregados, próprios e terceiros, e das comunidades locais”, afirmou a mineradora na nota.

Em um pronunciamento no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que sobrevoará neste sábado (26) a região atingida para, após “reavaliar” os danos, adotar “todas as medidas cabíveis”.

Ações contra a Vale
A Vale já é ré uma ação da Justiça Federal desde 2016, ao lado da Samarco e da BHP, em uma ação por homicídios e crimes ambientais. Até o final de 2018, essa ação seguia correndo na comarca de Ponte Nova, na Zona da Mata, sem que os réus tivessem sido julgados.

Mas essa não é a única ação movida contra a Vale na Justiça após a tragédia em Mariana – que ficou marcado como o pior desastre ambiental já registrado no Brasil.

Em outubro de 2018, a Samarco, a Vale e a BHP conseguiram fechar um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para o pagamento de indenizações aos familiares das pessoas que morreram e àqueles que perderam suas casas e outras propriedades.
A tragédia de 2015 ocorreu na barragem de Fundão, provocando a morte de 19 pessoas. O rastro de lama destruiu comunidades como Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, impactou cidades mineiras e capixabas e devastou o Rio Doce.


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