‘Estaremos preparados’, diz Padilha sobre eventual nova denúncia contra Temer
Chefe da Casa Civil foi questionado sobre assunto. Presidente foi denunciado em junho, mas Câmara rejeitou prosseguimento do processo
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta segunda-feira (28) que o governo estará “preparado” para “enfrentar” política e juridicamente uma eventual nova denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vier a apresentar contra o presidente Michel Temer.
Janot denunciou Temer em junho pelo crime de corrupção passiva, mas a acusação foi rejeitada pela maioria dos deputados e, com isso, o processo não seguiu para o Supremo Tribunal Federal. Há, contudo, a expectativa no meio político de que Janot oferecerá nova denúncia contra o presidente.
“Se vier uma nova denúncia, por certo nós estaremos preparados para politicamente enfrentá-la, no que diz respeito ao campo político, e juridicamente enfrentá-la no campo jurídico”, declarou Eliseu Padilha nesta segunda após ser questionado sobre o assunto.
A entrevista coletiva do chefe da Casa Civil foi concedida no Palácio do Planalto após reunião ministerial comandada por Temer.
Questionado sobre o impacto de uma segunda denúncia na agenda de votações do Congresso, com reflexos na retomada da economia, Padilha respondeu que a economia está “descolada do tema.
“A economia está andando com as suas próprias pernas e nós, na política, também teremos que dar o tratamento que o caso [a denúncia], se vier e se for o caso, merecer”, acrescentou.
Reunião ministerial
De acordo com a Presidência, representantes de todos os ministérios participaram do encontro desta segunda no Planalto. Além disso, os líderes do governo no Congresso Nacional também estiveram presentes.
A reunião aconteceu na véspera da viagem de Temer à China, onde o presidente participará da cúpula do Brics, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Mais cedo, ao final de uma cerimônia no Planalto, Padilha informou que a intenção do governo é convocar uma nova reunião ministerial após Temer retornar da China.
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