FHC diz que ‘não houve sensibilidade’ do PT para conversa
Tem que fazer uma espécie de autocrítica, coletiva. Eu propus isso’, afirmou
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista, que antes da eleição do ano passado manteve contato com “duas pessoas ligadas ao PT” e propôs uma conversa.
Segundo relato do ex-presidente, ele afirmou aos interlocutores: “Olha, isso aqui vai mal. Está na hora de conversar”. Mas, descreveu, “não houve sensibilidade no momento adequado”.
Para FHC, é a superação da crise exige uma articulação na sociedade e uma “autocrítica coletiva”. “Vai ter que ter uma rede – e não é o partido [de Marina Silva] – de pessoas representando vários setores da nossa sociedade e dos partidos porque você não sai de uma encalacrada do tamanho da nossa simplesmente um acusando o outro. Tem que fazer uma espécie de autocrítica coletiva. E eu já propus isso.”, afirmou.
Questionado se a presidente Dilma Rousseff está solitária no atual contexto, ele afirmou que sim. “Sozinho você não faz”, disse. “Ela [Dilma] não tem vocação para conversar. Não comigo. Com o país, com o Congresso. Política é conversa. Estamos com falta de pontos de apoio para tecer uma nova sociabilidade política, uma maneira de se ter conversas”, declarou.
Sobre se aceitaria conversar com Dilma, FHC respondeu: “sem dúvida”. Perguntado sobre Lula e “outros nesse jogo” que precisam “estar juntos”, segundo questionou Roberto D’Ávila, o ex-presidente disse que “não há preconceito nenhum”.
“Mas é preciso esperar para ver quem vai estar de pé. Porque as coisas têm que ser passadas a limpo”, complementou.
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