Funaro diz que há impasse com MPF sobre benefícios e tempo de prisão após delação
Ele disse que não está satisfeito com proposta do Ministério Público sobre tempo em que permanecerá preso
O doleiro Lúcio Funaro afirmou que ainda não tem previsão de assinar o acordo de delação premiada que é negociado com o Ministério Público Federal (MPF).
Segundo Funaro, há uma “dificuldade” entre as partes de se chegar a um entendimento sobre os benefícios que ele terá após a assinatura do acordo, principalmente sobre o tempo em que o doleiro permanecerá preso.
Por meio do acordo de delação premiada, há uma troca entre o delator, que conta o que sabe sobre crimes, e as autoridades, que o premiam com uma possível redução da pena. Normalmente, os delatores têm de cumprir pena em regime fechado, antes de obterem a progressão de pena.
Após participar de uma audiência de operação que investiga irregularidades em financiamentos do FI-FGTS para a Caixa Econômica Federal, da qual é réu, Funaro conversou rapidamente com jornalistas.
Questionado sobre a assinatura do acordo, o doleiro afirmou que a sua defesa fez uma proposta sobre o tempo em que ele deverá ficar preso em regime fechado, mas que, na contraproposta, o MPF apresentou um tempo “bem diferente, muito distante do que eu queria”. De acordo com ele, está “difícil” chegar a um acordo sobre por quanto tempo ele permanecerá em regime fechado.
Delação
Em junho, Lúcio Funaro decidiu mudar de advogado e contratou o mesmo escritório que defende o também doleiro Alberto Yousef. O jurista Antônio Figueiredo Basto é especialista em delações premiadas e ajudou a costurar o acordo de Youssef com a Justiça.
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