Gasto em saúde e educação será inviável sem reforma da Previdência, diz Meirelles
Ministro da Fazenda participou de reunião com deputados do PSB para defender a aprovação da reforma da Previdência
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que será “inviável” para o governo continuar investindo em saúde e educação se os gastos com Previdência Social não forem estabilizados.“Para que possamos continuar investindo em saúde e educação, teremos que estabilizar a questão da despesa com Previdência. Se não, não será viável”.
A afirmação foi feita em reunião na Câmara dos Deputados com a bancada do PSB. O ministro fez apresentação defendendo a aprovação da reforma da Previdência enviada pelo governo Michel Temer ao Congresso Nacional.
O ministro ressaltou que os números do rombo da Previdência “são inquestionáveis” e rebateu argumentos de que o sistema previdenciário teria saldo positivo. “Na realidade esse argumento não procede, não é correto”, disse, apresentando dados que mostram um aumento no rombo da Previdência Social. Em 2016, por exemplo, o déficit foi de R$ 150 bilhões. Sobre a previdência rural, o ministro afirmou que o déficit era de R$ 14,7 bilhões em 2002 e alcançou R$ 103,4 bilhões em 2016. “São números inquestionáveis na medida em que são basicamente o que de fato acontece”, afirmou.
Aumento de impostos
Ao deixar a reunião, o ministro da Fazenda foi questionado sobre se há previsão de anúncio de aumento de impostos junto com a apresentação, na próxima semana, do Relatório de Avaliação Bimestral e de Cumprimento das Metas Fiscais.
Meirelles, então, voltou a dizer que, se for necessário, o governo aumentará impostos. “Se precisar, vamos aumentar, porque o que há de compromisso não é se vai haver aumento de imposto ou se não vai, se vai ter contingenciamento ou não. O nosso compromisso é cumprir a meta de resultado primário para 2017, porque isso que dá segurança para a economia crescer”.
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