Hamilton Mourão defende investimento privado para desenvolver a bioeconomia na Amazônia
Vice participou de sessão virtual da Agenda Davos, evento ligado ao Fórum Econômico Mundial. Ele comanda o Conselho da Amazônia e discutiu crescimento sustentável na região
O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu, durante sessão virtual da Agenda Davos (evento ligado ao Fórum Econômico Mundial), a participação do capital privado em pesquisas e investimentos em bioeconomia na região da Amazônia.
Para ele, os governos não terão condições de realizar os investimentos necessários, em razão da pandemia de Covid-19.
Em 2021, por causa da pandemia, o encontro presencial do Fórum Econômico Mundial, que reúne líderes, investidores e personalidades, foi adiado para maio e transferido de Davos, na Suíça, para Singapura. Em janeiro, o fórum realiza um encontro virtual, chamado Agenda Davos.
Mourão preside o Conselho Nacional da Amazônia, criado no ano passado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Junto com o presidente da Colômbia, Iván Duque, e outras autoridades, o vice participou de um debate virtual sobre como financiar a transição da Amazônia para uma economia sustentável.
Na visão de Mourão, que discursou em inglês no evento, os gastos feitos por governos para mitigar os efeitos da pandemia farão com que os países não tenham condições de investir grandes somas em projetos na região amazônica, por isso, a importância do apoio do setor privado.
“É fundamental que a iniciativa privada assuma a liderança no financiamento de pesquisas e programas científicos para a região. Os governos, principalmente no cenário econômico pós-pandêmico, não terão superávit disponível para direcionar grandes somas a este tipo de atividades”, disse o vice.
Mourão declarou que, “sendo honesto”, os governos são os principais responsáveis pela proteção do meio ambiente, contudo, o desenvolvimento sustentável só terá sucesso com um maior engajamento do setor privado
Mourão frisou que o futuro sustentável da Amazônia depende da ampliação da bioeconomia, o que só acontecerá com a participação do setor privado. O vice citou como exemplo que é possível investir em cadeias de peixes e frutas típicas da região.
Ele reconheceu que a infraestrutura da Amazônia no Brasil não é a ideal, mas salientou que o governo está empenhado em promover um ambiente de negócios atrativo para a região.
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