Política Nacional

Interino na Presidência, Rodrigo Maia pressiona por socorro ao Rio

à Presidência da República tem sido fator determinante para acelerar a assinatura do acordo de recuperação fiscal do Estado do Rio de Janeiro com a União, que está empacada há um mês.


30/08/2017- Brasília - DF, Brasil- Presidente da República em exercício, Deputado Rodrigo Maia, durante café da Manhã com a Frente Nacional de Prefeitos. Foto: Marcos Corrêa/PR

A ascensão temporária de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Presidência da República tem sido fator determinante para acelerar a assinatura do acordo de recuperação fiscal do Estado do Rio de Janeiro com a União, que está empacada há um mês. Diante do novo ritmo dado por Maia, há chance de ele ainda ser o presidente em exercício quando o pedido de adesão do Rio chegar ao Palácio do Planalto. Isso significa que terá a caneta na mão para avalizar o plano e cristalizar seu nome no documento que formaliza um socorro bilionário ao Estado que é seu reduto eleitoral.

Maia tem negado interesse em ser o candidato do DEM à Presidência da República em 2018 e diz que deve concorrer à reeleição de deputado. Visto pelo governo fluminense como peça fundamental na costura da negociação antes da entrega formal do plano, em 31 de julho, agora no Palácio do Planalto sua ajuda tem sido ainda maior para fazer o projeto andar, na avaliação do próprio governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

A pressão já surtiu efeito: a advogada-geral da União, Grace Mendonça, assinou na noite desta quinta-feira, 31, parecer favorável ao plano de recuperação apresentado pelo Rio sem modificações, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Com isso, o plano fica juridicamente viável, faltando apenas o aval do Ministério da Fazenda. Maia fez questão de registrar em seu Twitter o compromisso do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. “Ele me prometeu que, com o parecer da AGU, ele fará a publicação da autorização.”

A demora em dar o aval para o socorro ao Rio vinha incomodando Maia. Parte da área econômica do governo considera que essa insatisfação levou a uma retaliação nos últimos dias, já que ele não assinou as medidas provisórias que garantem redução de despesas e aumento de receitas para o governo em 2018.


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