Janot pede ao STF arquivamento de investigação contra Renan Calheiros
PGR apurou se Renan se beneficiou de acordo da Petrobras com sindicato.
Janot não viu indícios da participação de Renan em corrupção e lavagem.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu nesta quinta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de uma investigação sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), num dos nove inquéritos dos quais o peemedebista é alvo na Operação Lava Jato.
Nesse caso, Calheiros era investigado junto com o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), por supostamente ter sido beneficiado de acordo entre a Petrobras e sindicato de profissionais que conduzem os navios em portos. Os advogados de Calheiros e Gomes negam as suspeitas.
Janot pediu para arquivar as investigações contra Calheiros por não ver indícios de sua participação em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Aníbal Gomes, por sua vez, foi denunciado pelos mesmo delitos.
As investigações da Polícia Federal apontam que um ex-assessor do deputado recebeu R$ 3 milhões em sua conta em setembro de 2008, oriundos de um acordo entre a Petrobras e o sindicato dos práticos, os profissionais que conduzem os navios em portos.
A suspeita no negócio surgiu na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que disse que Gomes era o representante de Renan Calheiros nas negociações.
Em relação ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a Polícia Federal afirmou que as provas coletadas “não se mostram suficientes” para “aplacar as suspeitas que, desde as informações iniciais, recaem sobre ele”.
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