Política Nacional

Líder do PSDB diz que maioria da bancada é a favor da denúncia contra Temer

A expectativa é que o relatório comece a ser discutido nesta quarta (12) para ser votado nos próximos dias na CCJ. Em seguida, será submetido à análise do plenário.


O líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), afirmou que a maioria dos 46 deputados da bancada tucana na Casa é a favor do prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva.

O relator da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), apresentou nesta segunda (10) parecer favorável ao prosseguimento da acusação. A expectativa é que o relatório comece a ser discutido nesta quarta (12) para ser votado nos próximos dias na CCJ. Em seguida, será submetido à análise do plenário.

“A maioria hoje, tenho certeza, é pela admissibilidade [da denúncia]. Porém, há um grupo menor que não aceita essa admissibilidade, entende ainda que há uma possibilidade de o presidente se defender e apresentar prova”, disse Ricardo Tripoli nesta terça, após reunião da bancada.

O líder disse em seguida que, após a votação da denúncia na CCJ, a bancada do PSDB na Câmara se reunirá novamente, para decidir se a orientação será para os parlamentares votarem contra Temer ou como quiserem.

“Nós estamos discutindo se vamos, dentro da bancada, prevalecer o voto da maioria”, afirmou.

Fechamento de questão
Segundo Ricardo Tripoli, não deve ocorrer o chamado “fechamento de questão”, no qual a cúpula do partido decide uma posição sobre um determinado assunto e quem vota de forma contrária pode ser punido até com a expulsão da legenda.

A avaliação do líder do PSDB é que episódios recentes, como a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, agravaram ainda mais a crise do governo e tiveram peso na decisão da maioria da bancada tucana.

“A gente percebe nitidamente desde aquela reunião ampliada [do comando do partido] que os fatos estão se agravando a cada dia. Você tem o ministro Geddel [Vieira Lima] preso, tem uma delação para sair do Eduardo Cunha, do [Lúcio] Funaro. Tem o Henrique Alves preso. São situações que constrangem boa parte dos deputados”, disse.
Trípoli ponderou, por fim, que está em jogo a governabilidade de Temer. “A gente precisa saber se tem uma estrutura não só para passar por essa fase, mas para dar sustentabilidade para que o Brasil volte a crescer”, afirmou.


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