Política Nacional

Luiz Eduardo Barata será novo diretor-geral do ONS

Ele é hoje secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia.


O engenheiro eletricista Luiz Eduardo Barata foi confirmado nesta quinta-feira (28) novo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), entidade que controla a geração e transmissão de energia no Brasil.

A posse de Barata será em 17 de maio e seu mandato terá duração de quatro anos, com a possibilidade de uma única renovação. Ele assume no lugar de Hermes Chipp, que comanda o ONS desde dezembro de 2005.

Chipp deveria deixar o posto em 2013, mas uma Medida Provisória do governo prorrogou seu mandato por dois anos. A prorrogação aconteceu em meio à crise provocada pelo risco de um novo racionamento no país, gerado pela falta de chuvas e queda no nível das represas de hidrelétricas.

Barata, que já foi diretor de Operações no ONS, ocupa atualmente o cargo de secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia. Cabe a esse ministério a indicação do diretor-geral do ONS.

CCEE
Antes da experiência no MME, Barata foi presidente do conselho de administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), uma associação civil sem fins lucrativos que atua para viabilizar a compra e venda de energia em todo o país.

Em 2014, sob o comando dele, a CCEE aceitou participar do plano do governo que usou empréstimos bilionários tomados junto a um grupo de bancos para pagar parte dos gastos extras do setor elétrico. Essa conta surgiu com a redução na produção de energia pelas hidrelétricas devido à estiagem e, por consequência, o aumento no uso de energia gerada por termelétricas.

Pouco mais de um mês após a CCEE ser anunciada pelo governo como a entidade que intermediaria os empréstimos bancários, 3 de seus 5 conselheiros solicitaram desligamentos de suas funções.

O plano do governo adiou, de 2014, ano de eleições, para 2015, um forte aumento nas contas de luz em todo o país. Entretanto, esses empréstimos terão que ser pagos pelos consumidores, via conta de luz, pelos próximos anos. Apenas de juros serão repassados às tarifas mais de R$ 12 bilhões.


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