Mendes diz estar seguro de que TSE receberá dinheiro para fazer eleiçõ
Ele diz que faltam R$ 250 milhões para poder realizar as eleições.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta sexta-feira (20) “estar convicto e seguro” de que receberá do governo federal os R$ 250 milhões que faltam para a realização das eleições municipais neste ano. Ele descartou a hipótese de que a falta de recursos pudesse levar a eleições manuais neste ano.
“Eu já estive duas vezes com o ministro Romero Jucá e nossas equipes e do Ministério do Planejamento estão se entrosando para que nos conseguimos encontrar brevemente uma solução para eta questão. Não há risco, vamos encontrar uma solução”, afirmou o ministro durante visita ao TRE de São Paulo.
“Nesta falta de recursos houve um aumento da verba para o fundo partidário, e se fez isso no âmbito da Justiça Eleitoral, recursos que foram passados para partidos políticos, logo faltam recursos no âmbito da Justiça Eleitoral. E naquele quadro de grande confusão, chegou um momento em que tínhamos no Ministério do Planejamento quase que um quadro de acefalia, não se conseguia alguém para conversar ali. Então agora estamos estabelecendo as conversas e vamos conseguir nos próximos dias uma solução”, salientou. “Estou convicto, sim, estou seguro de que nós conseguirmos resolver este empasse”, afirmou Mendes.
Ficha suja
Mendes também afirmou que a condenação de Michel Temer no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por exceder o limite de doações não o torna “ficha suja”, já que “no geral ocorrem pequenos erros, por margem pequena”.
Questionado sobre se Temer era ficha suja, respondeu: “Não examinei esta questão. A jurisprudência do TSE indica que a partir de um dado limite poder se ia caracterizar, mas nao me parece ser o caso aqui. acho que o caso está mais colocado no plano político. No geral ocorrem estes erros por pequena margem, as vezes saber a sua capacidade de doação, isso acontece e por si só não caracteriza qualquer abuso”, disse Mendes.
Segundo o presidente do TSE, a falta de recursos para a Justiça Eleitoral afeta também o TRE paulista, já que São Paulo é o maior colégio eleitoral do país.
“Sem dúvida nenhuma, se não conseguíssemos fazer bem as eleições em São Paulo, não conseguiríamos fazer bem no Brasil, é evidente, aqui estão a massa eleitoral de candidatos e de impugnações. Estimamos ter entre 550 mil, 580 mil candidatos entre vereadores e candidatos a prefeito. São Paulo certamente terá entre 80 e 100 mil candidatos, número bem significativo”, disse
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