Ministério antecipa liberação de todo orçamento da PF para o ano de 20
Justiça informou que liberou na segunda os R$ 160 milhões que faltavam
O Ministério da Justiça informou que liberou para a Polícia Federal os R$ 160 milhões que restavam do orçamento da corporação até o fim deste ano. Segundo a pasta, os outros R$ 840 milhões do total de R$ 1 bilhão destinado à PF em 2016 já haviam sido liberados.
A liberação segue determinação do ministro da Justiça, Eugênio Aragão, que havia anunciado ter a intenção de liberar todo o recurso previsto para a PF em 2016 para garantir que a corporação “funcione” mesmo se a presidente Dilma Rousseff for afastada do mandato.
A estimativa é que provavelmente em 11 de maio o plenário do Senado decida sobre o pedido de afastamento de Dilma. Se a Casa optar por dar sequência ao processo, a presidente será afastada por até seis meses. Nesse período, o vice Michel Temer assumiria a Presidência da República.
Com o repasse anunciado nesta segunda, a intenção do Ministério da Justiça, ao qual a PF está vinculada, é evitar que não haja interferências em investigações como as da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção e desvio de recursos de contratos da Petrobras. A pasta também quer garantir que não faltem recursos para operações policiais.
Na última sexta-feira (2), questionado sobre qual a explicação para o governo decidir antecipar a verba da PF, Aragão disse que é “muito simples”. “É possível que tenhamos uma presidenta suspensa de suas funções [a partir da decisão do Senado] e estamos querendo garantir que, durante esse período, que é excepcional, de até 180 dias, a PF funcione independentemente da crise política”, afirmou o ministro.
Em entrevista nesta sexta, o titular da Justiça acrescentou que a liberação dos recursos nos próximos dias também ocorrerá para que a corporação trabalhe com “tranquilidade” e possa realizar operações, sem ser “perturbada” pelo atual cenário político do país. Segundo Eugênio Aragão, é de interesse da pasta que as operações da Polícia Federal ocorram, porque elas nunca foram “embarreiradas”.
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