Política Nacional

Ministro envia carta a parlamentares para defender privatização da Eletrobras

No último dia 21 de agosto, o governo anunciou que pretende vender parte da participação na Eletrobras para o mercado e, assim, deixar de ter o controle acionário da companhia.


O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, enviou uma carta a parlamentares na qual defendeu a decisão do governo de privatizar a Eletrobras.
Na carta, o ministro relata a atual situação da empresa e afirma que os resultados da “desestatização” da Eletrobras serão “extremamente positivos para todos os consumidores”. Ele acrescentou, ainda, que espera debater a proposta no Congresso Nacional.

No último dia 21 de agosto, o governo anunciou que pretende vender parte da participação na Eletrobras para o mercado e, assim, deixar de ter o controle acionário da companhia.
Aos parlamentares, o ministro afirmou que todas as dificuldades enfrentadas pela empresa têm exigido aportes financeiros da União, “drenando recursos públicos escassos”.

Redução no mercado
O documento afirma ainda que a atuação da estatal não é mais imprescindível para o setor elétrico e a companhia tem reduzido sua participação na expansão da capacidade de geração de energia.
“Nos últimos 15 anos, a Eletrobras participou de apenas 17% da expansão da capacidade instalada de geração e essa taxa vem decrescendo ano a ano”, diz o documento.

Segundo o ministro, a empresa tem um passivo de cerca de R$ 100 bilhões em ações judiciais, que incluem R$ 20 bilhões em custos de geração de energia elétrica nos sistemas isolados, na região Norte, que não foram reconhecidos nas tarifas e os custos com a paralisação da obra da usina nuclear Angra 3.

Modelagem
O governo ainda não decidiu a modelagem da privatização da empresa. Na segunda-feira (28), o Coelho Filho afirmou que o assunto estava em discussão e que seria decidido nos próximos dias.
Esta semana, no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) divulgou que o processo irá prevê a venda de parte das ações aos empregados e que a União terá “poderes especiais”.


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