Multa a caminhoneiro que bloquear estrada será de R$ 1,9 mil
A declaração do ministro foi divulgada pela assessoria de imprensa da pasta. O valor exato da multa não foi informado.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que os caminhoneiros que fecharem estradas pelo país em forma de protesto contra o governo terão de pagar multa de valor superior a R$ 1.900.
Caminhoneiros de 14 estados bloquearam trechos de rodovias, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Os atos ocorreram em BA, CE, ES, GO, MG, MS, PE, PR, RJ, RN, RS, SC, SP e TO, sgeundo a Polícia Rodoviária Federal. Os manifestantes dizem ser autônomos e se declaram independentes de sindicatos. Eles são contra o governo Dilma Rousseff, pedem o aumento do valor do frete, reclamam da alta de impostos e da elevação nos preços de combustíveis, entre várias outras pontos.
O protesto foi convocado pelo Comando Nacional do Transporte. O ministro disse que trata-se de um “movimento político sem nenhum viés de reivindicação corporativa”. “Nós determinamos que sejam multados todos aqueles que queiram fechar estradas. As multas são altas, é mais de R$ 1.900 em cada multa, para que seja aplicado de pronto”, disse Cardozo.
Para o ministro, a punição é uma medida rigorosa que o governo precisa tomar. “Os sindicatos que representam os caminhoneiros deixam claro que esse é um movimento político. Esta é a razão pela qual, inclusive, além de dizermos que este movimento vai contra o interesse público, vai contra brasileiros e brasileiras, ele exige da parte da Polícia Rodoviária Federal e do Ministerio da Justiça uma ação rigorosa, como vem ocorrendo”, declarou.
O movimento não tem adesão total dos caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Transportes Autônomos afirmou, em nota, que não concorda com a mobilização, já que a pauta não tem relação com os problemas específicos da categoria. A União Nacional dos Caminhoneiros também informou que discorda dos bloqueios.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística da CUT (CNTTL) também informou, em nota, que o protesto é uma “manobra” de “grupo que tenta usar os caminhoneiros em prol de interesses políticos, que nada têm a ver com a pauta de reivindicações da categoria”.
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