Não podemos tudo e autoridades ambientais também não, diz Chambriard sobre Margem Equatorial
Apesar do discurso conciliador, Chambriard argumenta que a Petrobras já fez tudo o que foi solicitado
Entre a Petrobras e as autoridades ambientais, ninguém tem poder supremo na decisão sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial. A avaliação é da presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
“Não podemos tudo e eles também não podem tudo”, disse.
Em entrevista ao CNN Money, ela reclamou da lentidão de órgãos como o Ibama.
“Acho é que cada um tem de cumprir o seu papel. O nosso papel é o de mostrar o benefício para a sociedade, de buscar riqueza, de buscar desenvolvimento, de mostrar uma indústria pujante. O pessoal do Meio Ambiente, o Ibama e os órgãos estaduais têm que mostrar para a gente em qual limite a gente pode fazer isso”, disse em sua primeira entrevista exclusiva.
“A sociedade se faz do equilíbrio dessas forças”.
Apesar do discurso conciliador, Chambriard argumenta que a Petrobras já fez tudo o que foi solicitado e reclama da lentidão do processo.
“Sei que isso vem de longa data, né? Da nossa parte, nós entendemos que as respostas já estão muito bem dadas”, disse, ao emendar que “se os órgãos ambientais entendem que ainda falta alguma coisa, nós estaremos aqui para elucidar todas as questões”.
Recentemente, um parecer técnico do Ibama sugeriu rejeitar o licenciamento do projeto para produzir petróleo na Foz do Amazonas. Em um dos documentos, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, cita “carência de detalhamentos” pela estatal.
Questionada sobre a avaliação do presidente do órgão ambiental, Chambriard disse que “o presidente Agostinho está certo”.
“Nós estamos aqui para responder ao questionamento dele, e a gente só espera que não demore tanto. Porque nisso já se vão 10 anos, não é?”
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