Nelson Marchezan Jr., do PSDB, venceu a disputa pela Prefeitura de Porto Alegre no segundo turno das eleições realizadas nesse domingo, 30. Com 100% das urnas apuradas, o novo prefeito obteve 402.165 votos, o equivalente a 60,5% do total. Marchezan disputava a eleição contra o atual vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB), que ficou com 262.601 votos, 39,50% do total.
Ao todo, foram registrados na capital gaúcha 820.996 votos, 664.766 válidos (80,97%). Foram 46.537 votos em branco (5,67%) e 109.693 nulos (13,36%). O total de abstenções foi de 277.521, 25,26% do eleitorado. No primeiro turno, o candidato tucano obteve 213.646 votos, o equivalente a 29,84%, e o peemedebista ficou com 185.655, o correspondente a 25,93% dos votos. Porto Alegre tem 1.472.482 habitantes e 1.098.515 estavam aptos a votar.
Após a vitória, o prefeito eleito agradeceu aos eleitores e se comprometeu a fazer uma boa administração. “A frase que a gente mais escutou foi: ‘está difícil de acreditar na política e nos políticos’. E a segunda foi: ‘mas a gente acha que em vocês vale a pena acreditar de novo’. E o pedido era: ‘não me decepcione, Marchezan’. Eu queria dizer em nome da minha família que não vou decepcionar os porto-alegrenses.”
O segundo turno de Porto Alegre ficou marcado por alguns acontecimentos violentos que geraram, inclusive, pedidos de providências da Polícia Federal no pleito por parte dos dois candidatos. O comitê de campanha de Nelson Marchezan teve vidraças quebradas na Capital. Coordenadores chegaram a atribuir o fato a um tiroteio, mas o inquérito da Polícia Federal concluiu que a destruição foi consequência do tempo chuvoso naquela noite.
Plínio Zalewski, um dos coordenadores da campanha de Sebastião Melo foi encontrado morto no banheiro da sede do partido na tarde do dia 17. A polícia já descartou a possibilidade de crime eleitoral, mas o inquérito ainda segue. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de suicídio.
Nelson Marchezan Júnior carrega o nome de um político marcante na história gaúcha, o ex-deputado estadual e federal Nelson Marchezan. De alguma forma, a política sempre fez parte da vida do tucano, já que, quando nasceu, o pai tinha 15 anos de uma trajetória que se estenderia até o início de 2002, quando morreu vítima de um infarto.
No mesmo ano, Marchezan Júnior concorreria pela primeira vez em uma eleição. Eleito deputado federal, não assumiu a cadeira devido a uma decisão da Justiça Eleitoral, por falta de comprovação da filiação partidária. Foi eleito deputado estadual em 2006. Em 2010 voltou a concorrer a deputado federal, e atualmente ocupa o segundo mandato em Brasília.
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