O senador Aécio Neves deve ter semana decisiva no STF
O senador foi acusado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelos crimes de corrupção passiva e tentativa de obstruir a Justiça.
O senador Aécio Neves (PSDB) entra em uma semana decisiva. Depois de 10 meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir nesta terça-feira (17), se aceita ou não a denúncia contra o parlamentar por suposto recebimento de propina.
De acordo com ao inquérito, Aécio solicitou ao empresário Joesley Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal (PF) com o auxílio do empresário, R$ 2 milhões em propina em troca de sua atuação política. O senador foi acusado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelos crimes de corrupção passiva e tentativa de obstruir a Justiça.
Na época da delação de Joesley, Aécio negou as acusações ou qualquer irregularidade no dinheiro recebido. Segundo ele, o montante recebido não era propina e sim um empréstimo pessoal, sem nenhuma contrapartida em favor de Joesley Batista.
Já na semana passada, o advogado Alberto Toron, que representa Aécio Neves, disse que o senador foi “vítima de uma situação forjada, arquitetada por criminosos confessos que, sob a orientação do então procurador Marcelo Miller, buscavam firmar um acordo de delação premiada fantástico”, disse em nota.
Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (MDB) flagrado com dinheiro vivo. Todos foram acusados de corrupção passiva.
Na semana passada, a defesa de Andrea Neves até tentou protelar o julgamento por mais um tempo no STF, porém teve o pedido negado pela Corte. Na justificativa, o advogado da irmã do senador alegou que não poderia comparecer à sessão porque teria de participar de outro julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Quem irá julgar
A denúncia contra Aécio Neves, sua irmã e os demais citados será analisada pela 1ª Turma da Suprema Corte, que, além de Marco Aurélio, é composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Rosa Weber.
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