Pazuello diz que estuda priorizar a vacinação com 1 dose da Oxford para ‘reduzir a contaminação’
Intenção do governo é garantir imunização de maior número de pessoas com cenário de doses limitadas. Fiocruz recomendou a aplicação de duas doses, com intervalo de até três meses
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o foco da vacinação contra Covid-19 no Brasil poderá ser a redução da pandemia em vez de, no primeiro momento, assegurar a ‘imunidade completa’. Para Pazuello, o objetivo é frear a contaminação com a aplicação de pelo menos uma dose do imunizante do laboratório Astrazeneca em parceria com a universidade de Oxford.
Ao lado do governador Wilson Lima (PSC) e do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), Pazuello anunciou ações de combate à doença justamente em um momento em que a capital vive um colapso no sistema de saúde e funerário. O plano nacional de imunização foi um dos principais temas do discurso.
“Essas doses, que com duas doses você vai a 90 e tantos por cento [de imunização], com uma dose vai a 71%. Com 71% talvez a gente entre para imunização em massa, é uma estratégia que a Secretaria de Vigilância em Saúde vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco seja não na imunidade completa, mas sim a redução da contaminação e aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose na sequência, chegando a 90%”, afirmou.
Ele não informou o intervalo pretendido entre a aplicação da primeira e da segunda dose. A imunização, segundo o governo, começa pelo prazo considerado mais otimista, no dia 20 de janeiro.
Questionada em relação à aplicação de uma única dose, a Fiocruz informou que: “a AstraZeneca recomenda um regime de vacinação com duas doses, considerando um intervalo de 4 e 12 semanas após a primeira dose. No entanto, o regime de doses a ser adotado no país é uma definição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, do Ministério da Saúde”.
A eficácia dessa vacina de Oxford, segundo dados divulgados por especialistas britânicos, é de 70%. Isso significa que 7 a cada 10 pessoas vacinadas apenas com a primeira dose da vacina de Oxford ficam protegidas 21 dias depois. Quando a segunda dose é aplicada, 12 semanas após a primeira, esse número sobe para 80%. As informações foram divulgadas no dia 30 de dezembro.
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