Planalto quer acelerar Conselho de Ética e ação de impeachment
Mesmo com crise política, governo quer acelerar votação do ajuste fiscal.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que a ordem do Palácio do Planalto para a base aliada é imprimir ritmo acelerado à votação de matérias de ajuste fiscal, ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e às investigações no Conselho de Ética da suposta quebra de decoro parlamentar de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Guimarães participou no Alvorada, da reunião semanala de coordenação política do governo. O encontro foi, comandado por Dilma, contou com a presença de oito ministros, entre os quais, alguns dos mais próximos à presidente da República.
“Para o governo, votação, votação, votação. Ritmo acelerado para tudo, do Conselho de Ética, ao impeachment às matérias que estão tramitando. O Supremo vai decidir, e o que decidir está decidido”, disse Guimarães, destacando que quer aprovar uma medida provisória que aumenta tributos sobre bebidas alcoólicas, como cachaça e vinho.
O Supremo se reúne para julgar uma ação do PC do B que questiona o acolhimento por Eduardo Cunha do pedido de impeachment de Dilma. Na mesma sessão, os ministros devem discutir lacunas sobre o rito do processo que pode culminar com o afastamento da presidente. Eles analisarão ainda que anulam ou não a eleição da chapa da oposição para a comissão especial que vai dar parecer pela continuidade ou não do processo.
Na visão do governo, a eleição foi irregular porque ocorreu por votação secreta. “O que o Supremo decidir caberá a nós cumprir. Criaram uma votação secreta com chapa avulsa. O Supremo foi acionado. Não é que ele está se metendo. Alguém acionou e cabe ao Supremo deliberar. Para mim, tinha que ser anulada [a eleição para a comissão especial]”, disse José Guimarães.
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