PMDB anuncia oficialmente o desembarque do governo Dilma Roussef
A decisão foi tomada pela Executiva Nacional do partido, após reunião realizada entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerado o ‘último bastião’ do governismo no PMDB
O PMDB oficializou, nesta terça-feira (29), o rompimento da sigla com o governo Dilma Rousseff. Em reunião que durou menos de três minutos, a decisão foi tomada por aclamação. Temer não estava presente, como também os ministros peemedebistas também não compareceram. O encontro foi liderado pelo vice-presidente do partido, Romero Jucá (RR).
Em entrevista concedida por telefone, de Brasília, logo após o encerramento da reunião, Gilvam Borges, da Executiva Regional do PMDB, explicou que a moção aprovada determina a entrega de todos os cargos ocupados por membros do PMDB no Executivo, além da instauração de processo no Conselho de Ética do partido contra quem permanecer no cargo. Os parlamentares presentes à reunião entoaram gritos de “Fora PT” e “Brasil, para frente, Temer presidente”.
A tomada de posição foi articulada pelo grupo do vice-presidente Michel Temer. Com a decisão sacramentada, ministros peemedebistas já se preparam para deixar a Esplanada dos Ministérios.
A decisão foi tomada após reunião realizada entre Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerado o “último bastião” do governismo no PMDB.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sentou-se ao lado de Romero Jucá. Na segunda-feira (28), Cunha havia saudado a saída do partido do governo, dizendo que a partir de agora a sigla seria “independente”.
Apesar dos apelos da presidente Dilma e de seu antecessor, Lula, o Planalto não conseguiu conter a tendência de debandada do PMDB, agravada nos últimos dias com a exposição das posições anti-Dilma dos maiores diretórios estaduais da sigla, como Rio de Janeiro e Minas Gerais.
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