Polícia Federal recebe do STF 76 inquéritos baseados na delação da Odebrecht
Serão investigados oito ministros, 24 senadores, 39 deputados e três governadores
A Polícia Federal recebeu os novos inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal com base nas delações de ex-executivos da Odebrecht.
São 76 novas investigações, envolvendo pessoas com foro privilegiado. Entre os investigados, estão senadores, deputados e ministros, que foram citados por executivos e ex-executivos da empreiteira. Em Brasília, a equipe de investigação da Polícia Federal vai ser reforçada, com delegados de outros estados.
A expectativa é de que, durante as investigações, todos os políticos citados nas delações sejam ouvidos pelos delegados. Além disso, alguns delatores deverão prestar novos depoimentos.
Além dos inquéritos, também chegaram à Polícia Federal as autorizações para diligências, que foram solicitadas pela Procuradoria Geral da República e autorizadas pelo STF. Os novos inquéritos da Lava Jato com base na delação da Odebrecht chegaram à sede da Polícia Federal em Brasília pelos Correios.
O STF informou, por telefone, que é um procedimento normal usar o correio para encaminhar processos que não estão em sigilo. Inclusive, segundo o Supremo, há uma agência dos Correios dentro do STF. Agora, os processos serão distribuídos entre os delegados para dar início às investigações.
Ressarcimento
A Advocacia Geral da União (AGU) entrou com uma nova ação de improbidade na Justiça pedindo para 20 pessoas físicas e jurídicas o ressarcimento aos cofres públicos de R$ 11 bilhões desviados em contratos de obras e serviços da Petrobras.
A ação da AGU tem como alvo 13 construtoras. Entre elas, a Odebrecht, a Queiroz Galvão, a UTC engenharia, a Andrade Gutierrez e empresas menores como Techint Engenharia e Empresa Brasileira de Engenharia. Além das pessoas jurídicas, existem 7 pessoas físicas em relação as quais são cobrados valores, como os ex-executivos da Petrobras Pedro Barusco, Paulo Roberto Costa e Renato Duque, além do herdeiro da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
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