Posições de Ciro sobre economia podem definir destino do ‘Centrão’ na eleição presidencial
Ciro havia prometido aos Democratas (DEM) ajustar o seu programa de governo para atrair o partido
As declarações do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes, sobre economia podem definir o apoio do “Centrão” ou “Blocão” – grupo que reúne os partidos DEM, PP, PRB e SD e agora também conta com o PR – ao tucano Geraldo Alckmin. Os líderes destes partidos estão reunidos nesta quinta-feira (19) para tentar definir qual candidato irão apoiar na eleição presidencial, mas um anúncio oficial deve sair apenas na semana que vem.
Ciro havia prometido aos Democratas (DEM) ajustar o seu programa de governo para atrair o partido para sua aliança, mudando o tom, por exemplo, a respeito da reforma trabalhista. Ele havia falado em revogar a reforma aprovada no governo Temer. Nos últimos dias, porém, novas declarações do pedetista geraram mal-estar entre os Democratas. A de que ele trabalharia para desfazer o acordo Boeing e Embraer, e a de que retomaria campos do pré-sal arrematados por empresas estrangeiras recentemente.
Interlocutores de Ciro têm dito a líderes do DEM que, eleito, o pré-candidato do PDT não fará nenhuma loucura na economia e adotaria um forte ajuste fiscal. Isso estava pesando a favor do pedetista, mas suas últimas posições sobre economia voltaram a gerar desconfianças no “Centrão”, principalmente da parte dos Democratas.
Pedetistas estão em campo buscando garantir o apoio do “Centrão” sob o argumento de que Ciro é um candidato mais competitivo do que o tucano. Avaliação compartilhada por Progressistas (PP) e Solidariedade (SD), mas que estariam prometendo tomar uma posição conjunta sobre o destino do grupo.
O apoio do “Centrão” aumentou ainda mais de importância nos últimos dias depois da decisão do PR de voltar a integrar o grupo. O PR desistiu de fazer aliança com Jair Bolsonaro (PSL) e levou a proposta ao “Centrão” de indicar como candidato a vice de Ciro ou Alckmin o empresário Josué Alencar (PR), filho do ex-vice-presidente José Alencar. A proposta foi aceita.
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